O FC Porto recebe este sábado, a partir das 18h00, no Estádio do Dragão, o V.Guimarães, num jogo em que não depende só de si para ser campeão e em que precisa de uma espécie de milagre vindo do Estádio da Luz para revalidar o título. .
Ainda assim, Sérgio Conceição, treinador dos dragões, vincou na conferência de imprensa de antevisão ao encontro com os vimaranenses que ele e a sua equipa ainda acreditam que podem ser campeões e que vão acreditar até ao apito final dos encontros desta derradeira jornada da I Liga.
Fé na conquista do título: "Sim, acredito. A confiança não tem que ver com os adversários ou com qualquer tipo de situação que se possa pensar. Tem que ver com o nosso dia a dia e o que adquirimos no nosso trabalho. Não há 'ses'. Temos de fazer o nosso jogo, ganhá-lo e, depois, por volta das 20 horas saberemos quem é o campeão. É o que temos de fazer: temos de estar concentrados no nosso jogo. O meu discurso continuará a ser este até às 20 horas. Depois dependerá dos descontos, mas penso que a essa hora terá acabado".
Expetativas para o encontro: "Espero um jogo competitivo, perante uma equipa que vem de quatro vitórias consecutivas. Mas nós também estamos num bom momento a todos os níveis: conseguimos, como disse há uns meses, levar o campeonato até à ultima jornada. Amanhã cabe-nos, dentro de um jogo difícil, contra uma boa equipa, vencer".
E se o FC Porto 'morrer na praia'?: "Fomos resilientes na forma de estar. Faz parte do ADN desta equipa, não atirar a toalha ao chão. É uma características dos jogadores da equipa, do clube, da região. Temos de perceber que nem tudo fizemos bem. Estamos habituados a dar uma resposta fantástica ano após ano, passámos sempre a barreira dos 85 pontos, mas não jogamos sozinhos. Temos de ser cada vez mais fortes a todos os níveis, mesmo quando existem adversidades inerentes ao jogo e se junta uma terceira equipa que nem sempre é feliz.
Arbitragem pode condicionar? "No nosso jogo, temos o melhor árbitro português. Dos outros jogos não falo!".
Quem merece mais o título? "Nós estamos a fazer o nosso trabalho. Amanhã saberemos o que vai acontecer. Quanto ao merecer ou não merecer... Não há mais nada a dizer."
Estratégia não muda apesar de ser importante marcar muitos golos: "Houve um jogo que meti muita gente na frente para continuar na luta e somar três pontos. Gosto do equilíbrio, que a equipa faça golos, mas que não sofra. Tem a ver com consistência, não só dos momentos em que temos a bola, mas também quando não temos. Ficar 6-4, para mim, não está bem. Dentro daquilo que é o perfecionismo nos diferentes momentos do jogo, é entrar em contradição e não o faço."
Importância do lado emocional: "Somos profissionais de futebol, estamos neste ramo, sabemos que a vida dos jogadores, dos treinadores, dos clubes, é assim mesmo. Temos de olhar para o passado recente e o futuro próximo. Temos dois títulos ganhos, uma inédita Taça da Liga, a Supertaça e lutamos por dois títulos. Um depende de nós, o outro, de amanhã, não. Vamos ver o que acontece até ao último segundo do jogo."
Agradecimento e pedido de desculpas: "Este é a conferência que antecede um último jogo do campeonato, por isso queria agradecer a todos os adeptos, porque amanhã vamos ter mais um casa bem composta, mas a todos os que acompanharam a equipa, não só em casa, mas, principalmente, nos jogos fora, que nos deram um apoio fantástico e transformaram os estádios num mini-Dragão. Obrigado a todos, porque a assistência média este ano é só comparável a 2017/18, no meu primeiro ano aqui, e a 2003/04, quando fomos campeões da Europa. E quero agradecer também a vocês [jornalistas], que muitas vezes tiveram de esperar um bocadinho no que foi o treino e a preparação do mais importante, que é o jogo. Desculpas e obrigado".
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