O triunfo do Sporting sobre o Vitória de Setúbal não tem grande contestação. Os “leões” foram de longe a melhor equipa em campo e só não alcançaram um triunfo mais expressivo sobre a formação de Domingos Paciência porque a eficácia leonina ficou “guardada” para os três primeiros minutos do minuto 60.
Num jogo de sentido único, a equipa de Marco Silva entrou a todo o gás frente ao Vitória de Setúbal. Com cinco minutos de jogo, Slimani teve três ocasiões soberanas para inaugurar o marcador, mas a bola passou sempre ao lado da baliza de Ricardo Batista. Com uma entrada dominadora e asfixiante, o Sporting parecia bem encaminhado para o golo, mas juntar aos desperdícios iniciais do avançado argelino, Montero enviou uma bola ao poste aos 12 minutos para depois na recarga William rematar contra um adversário.
O jogo parecia estar dominado apesar da ineficácia leonina. Carlos Mané e Nani provocavam muitos estragos nas alas, sempre bem apoiados por Cédric e Jefferson que cada vez que subiam aumentavam a vertigem do golo.De bola parada, o lateral esquerdo brasileiro do Sporting chegou mesmo a obrigar o guarda-redes sadino a uma grande defesa aos 16 minutos após um livre direto.
O Vitória de Setúbal só via o Sporting jogar e Domingos Paciência não gostou. Aos 28 minutos, o técnico dos sadinos fez a primeira alteração e lançou em jogo Ericson Duarte para o lugar de João Schmidt. O Vitória de Setúbal melhorou significativamente conseguindo um maior equilíbrio no meio-campo. A ausência de João Mário começou a notar-se e até ao intervalo o Sporting perdeu muito do gás com que tinha iniciado o jogo.
“Nos primeiros 20 minutos tivemos muitas dificuldades, é verdade. Podíamos ter sofrido um golo e houve alguma sorte. Depois na segunda parte a equipa esteve mais em jogo, com mais bola, mas o momento decisivo foi o do golo, aos 61 minutos. Esse lance acaba por acabar com a nossa estratégia e o golo a seguir aos 62 minutos acabou com o nosso jogo”, afirmou Domingos Paciência em conferência de imprensa após o final do jogo.
Minuto 60. Marco Silva dá ordens para a entrada de Carrillo e João Mário e para a saída de Adrien e Carlos Mané. Minuto 61. Jefferson cruza tenso da esquerda e Slimani aparece na pequena área a desviar para o fundo das redes. Estava feito o 1-0. Minuto 62. Ainda as bancadas festejavam o primeiro golo da noite e já Montero disparava um míssil teleguiado (nota: com a ajuda da cabeça de François) para o 2-0. O domínio leonino da primeira parte acabou por ser justificado na etapa complementar e já depois de duas substituições de Marco Silva.
“Creio que não nos golos as substituições acabaram por não ter influência. Que eu me lembre. Talvez uma recuperação de bola do João Mário no golo do Montero. As substituições foram para refrescar o nosso jogo, foi posição por posição, foram para refrescar a equipa. É para isso que às vezes servem as substituições, para refrescar a equipa. Não alteraram nada na nossa estrutura”, afirmou Marco Silva na conferência de imprensa.
Com o jogo controlado, o técnico leonino lançou ainda Diego Capel para uma grande ovação das bancadas a Montero aos 75 minutos. O extremo espanhol entrou no jogo determinado a mostrar serviço e só não marcou o 3-0 aos 87 minutos porque, de baliza aberta, rematou por cima da trave.
O árbitro Artur Soares Dias deu então 3 minutos de compensação para jogar, e o Sporting aproveitou-os bem para alcançar o terceiro por intermédio de Slimani que, de cabeça, deu o melhor seguimento a um cruzamento na esquerda de Carrillo.
E assim ficou o marcador: 3-0 para o Sporting. O “leões” somaram a terceira vitória consecutiva pela primeira vez esta época, depois dos triunfos na Taça de Portugal frente ao Sporting Espinho, e na Liga dos Campeões frente ao Maribor, e os três pontos que colocam provisoriamente a equipa de Marco Silva em sexto lugar.
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