A duas rondas do fim, e quando tem um ponto de vantagem sobre o FC Porto - depois da vitória de ontem em Famalicão - o líder prepara-se para novo duelo de difícil previsão, pouco tempo depois de ter superado a oposição do SC Braga (1-0), que se vinha perfilando como outro dos candidatos ao título.
O Benfica entra na penúltima ronda apenas com uma certeza: um triunfo sobre o eterno rival, no Estádio José Alvalade, evitará contas na derradeira jornada e garantirá automaticamente a conquista do troféu.
Também com menos um jogo, o Sporting, quarto classificado, tem cinco pontos de desvantagem para o SC Braga, terceiro que empatou ontem no Bessa. Em caso de vitória sobre o líder, a turma leonina reduz para três pontos.
Perante um adversário que ainda alimenta esperanças, ainda que ténues, de garantir uma posição de acesso à terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, a formação comandada por Roger Schmidt tentará repetir o que o clube da Luz alcançou uma vez na história, ou seja festejar na casa ‘leonina’, situação que só sucedeu em 1974/75, graças a um empate 1-1, também, tal como agora, na penúltima jornada.
Por seu lado, os ‘leões’ procurarão impedir que isso aconteça e adiar qualquer tipo de festejos do rival em Alvalade, algo que o próprio Benfica conseguiu por duas vezes, no início deste século, mas num contexto inverso, ou seja foi ao reduto ‘leonino’ adiar as celebrações dos ‘verdes e brancos’, a primeira pelo pé esquerdo do egípcio Sabry (1-0, em 2000) e a segunda pela cabeça do lituano Edgaras Jankauskas (1-1, em 2002).
Na última década, os ‘encarnados’ apenas por uma vez perderam em Alvalade para o campeonato, há dois anos, com um golo de Matheus Nunes aos 90+3 minutos (1-0), tendo somado ainda quatro empates e cinco vitórias, a última na temporada passada, com tentos de Darwin Núñez e Gil Dias (2-0).
O 316.º dérbi, que fecha a penúltima ronda do campeonato, marcará o regresso do capitão benfiquista Nico Otamendi, que falhou a goleada em Portimão (5-1), por castigo, entrando provavelmente para o lugar de Morato, num ‘onze’ que não deverá ser muito diferente daquele que arrancou a partida em Portimão.
Com todos os jogadores disponíveis (Draxler já é ausência de longa data), Schmidt, que apenas conta com um título de campeão na carreira, ao serviço dos austríacos do Salzburgo (2013/14), deverá manter a confiança em Grimaldo, apesar de o espanhol ter sido anunciado esta semana como reforço do Bayer Leverkusen, sendo que a única interrogação será a titularidade de Chiquinho ou de Florentino no meio-campo, já que o jovem João Neves parece intocável nesta fase da temporada.
Desta forma, o Benfica poderá entrar de início no reduto ‘leonino’ com Vlachodimos, Aursnes, António Silva, Otamendi, Grimaldo, Florentino, João Neves, João Mário, Neres, Rafa e Gonçalo Ramos.
Do lado sportinguista, é presumível que Rúben Amorim opere os regressos de Gonçalo Inácio, Morita e Nuno Santos, que começaram no banco de suplentes no encontro com o Marítimo (2-1), mas tem o avançado Chermiti ainda em dúvida e dificilmente contará com Adán, a não ser que a 'estratégia' utilizada no passado com Palhinha e Paulinho resulte numa suspensão do castigo aplicado ao guarda-redes, expulso com os insulares.
Perante este cenário, os ‘verdes e brancos’ deverão arrancar o jogo com Franco Israel, Diomandé, Coates, Gonçalo Inácio, Bellerín, Ugarte, Morita, Nuno Santos, Pedro Gonçalves, Edwards e Paulinho.
Sporting e Benfica jogam este domingo, a partir das 20h30, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, sob arbitragem de João Pinheiro, da Associação de Futebol de Braga.
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