Silas estreou-se como treinador principal do Sporting a 30 de Setembro, num triunfo por 1-0 sobre o Aves, sucedendo ao 'interino' Leonel Pontes. Soma nove jogos no comando técnico dos 'leões', contabilizando 13 golos marcados e seis sofridos.

À chegada, como o próprio o chegou a afirmar, a prioridade passou por conferir consistência e estabilidade a um setor defensivo que tinha sofrido golos em todos os jogos disputados até então na temporada, pré-época incluída, e que levava uma média de 2,1 golos sofridos por jogo em partidas oficiais.

As melhorias, nesse capítulo, são evidentes. Com Silas no banco, e apesar de alguns percalços, como a eliminação na Taça de Portugal em Alverca e a derrota em Tondela para a Liga portuguesa, essa média desceu para uns bem mais aceitáveis 0,66 golos sofridos por jogo. A equipa manteve a baliza inviolável em quatro partidas e não sofreu golos nas duas últimas, algo que não acontecia desde abril.

Cumprida essa primeira etapa, é hora de pensar no ataque. A média de 1,4 golos marcados por jogo desde que Silas chegou aos 'leões' está longe do desejável para uma equipa que quer lugar por troféus. Com esses números em mente, o técnico procura agora dar acutilância e imprevisibilidade ao setor ofensivo.

O período de paragem para os jogos das seleções e da Taça, onde o Sporting já não está fruto do desaire com o Alverca, tem permitido a Silas trabalhar este aspeto, na tentativa de criar novas dinâmicas ofensivas. Para tal, a aposta passará por tirar partido da criatividade de jogadores como os intocáveis Bruno Fernandes e Vietto, mas também de Jesé.

O espanhol já voltou a treinar sem limitações e foi mais um dos homens às ordens do treinador no treino de quinta-feira, tal como o brasileiro Fernando, outro homem de ataque que ainda não teve oportunidade de mostrar o que vale em Alvalade. Battaglia e Mathieu já estão igualmente aptos e de regresso já estão também os jogadores que estiveram ao serviço das respetivas seleções.

Silas tem assim reunidas as condições, em termos de disponibilidade dos jogadores e em termos de tempo, para trabalhar o modelo de ataque que pretende e de que tanto gosta, baseado numa circulação segura de bola e na constante procura de espaços.