O Sporting deposita “total confiança no sistema judicial”, disse hoje à agência Lusa fonte oficial do clube lisboeta, em referência à detenção do ex-presidente Bruno de Carvalho e de um dos líderes da claque Juventude Leonina.

“O Sporting manifesta a sua total confiança no sistema judicial”, indicou aquela fonte, questionada pela Lusa sobre as detenções, no domingo, de Bruno de Carvalho e de Nuno Mendes, conhecido por Mustafá, que deverão ser presentes ao Juiz de Instrução Criminal na terça-feira.

Bruno de Carvalho e Mustafá foram detidos no domingo, no âmbito da investigação da invasão à Academia do clube, em Alcochete, com base em mandados de detenção emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

O ex-presidente do clube lisboeta, que está detido nas instalações da GNR de Alcochete, e Mustafá deverão ser ouvidos no Tribunal do Barreiro, onde decorre o processo, podendo ficar sujeitos a medidas de coação, tal como aconteceu com 38 arguidos, que estão em prisão preventiva.

Também no domingo, a GNR realizou buscas na sede da Juve Leo, no Estádio José de Alvalade, em Lisboa, um espaço conhecido como ‘A Casinha’, com o contributo da Polícia de Segurança Pública (PSP), que estabeleceu um perímetro para garantir a segurança da zona.

O advogado de Bruno Carvalho, José Preto, qualificou a detenção de “vexatória” e “aviltante”, em declarações à RTP, no domingo, lembrando que o ex-presidente do Sporting já tinha comparecido voluntariamente no DIAP para prestar declarações, sem, no entanto, conseguir ser ouvido.

Em 15 de maio deste ano, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, treinadores e ‘staff’.

No dia dos acontecimentos, a GNR deteve 23 pessoas, tendo posteriormente efetuado mais detenções, estando atualmente em prisão preventiva 38 pessoas, entre as quais o antigo líder da Juventude Leonina Fernando Mendes.

Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão preventiva são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente, de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.

Bruno de Carvalho, que à data dos acontecimentos liderava o clube, foi, entretanto, destituído em Assembleia-Geral e impedido de concorrer à presidência do clube, atualmente ocupada por Frederico Varandas.

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