A Sporting SAD apresentou um resultado positivo de 25,2 milhões de euros (ME) na época 2022/23, segundo o Relatório e Contas da sociedade ‘leonina’, hoje enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Este ‘lucro’ é ligeiramente acima dos 25 ME reportados na época passada, que comparou, na altura, com o prejuízo de 32,9 ME apresentado em 2020/21, naquele que é, segundo a SAD ‘verde e branca’, o “melhor resultado acumulado dos últimos 10 anos em dois exercícios seguidos”.
De acordo com o documento, os proveitos operacionais sem transferências de jogadores da SAD do Sporting aumentaram para 125,1 ME, acima dos 122 do exercício anterior, sendo que os gastos também, passaram para 131 ME, contra os 110 ME da época passada.
Este prejuízo é atenuado pelos resultados operacionais das transações com jogadores, que, em 2022/23 ascenderam a 46,4 ME, praticamente o dobro dos 23,7 ME da temporada passada, proporcionando “o melhor resultado operacional global de sempre” de 40,5 ME, acima dos 35 ME de 2021/22.
A Sporting SAD destaca os 222 ME de volume de negócios, o maior de sempre, comparativamente aos 181,9 ME do período homólogo, muito graças ao aumento da ‘fatia’ com a transação de jogadores, que foi de 96,9 ME, contra os 59,3 do exercício anterior, reportando ainda o pagamento de 2,561 ME em comissões de intermediação, mais 300 mil do que no exercício anterior (2,269).
“Em virtude destes resultados é possível o início de um novo capítulo, em que podemos elevar o nível de investimento, quer desportivo quer de negócio, sem comprometer o curto prazo e a sustentabilidade do clube”, escreveu o presidente da SAD e do clube, Frederico Varandas, no Relatório e Contas hoje apresentado.
Esta é a primeira vez que a SAD ‘leonina’ consegue alcançar capitais próprios positivos, no valor de 8,9 ME, tendo, também, diminuído o passivo.
“Em 30 de junho de 2023, o valor da dívida líquida da Sporting SAD, incluindo os passivos de locação e a valores nominais, era de 141.796 milhares de euros”, lê-se no documento, que destaca a diminuição deste montante em mais de 27 ME reativamente ao exercício anterior, que era de 166,114 ME.
As receitas de bilheteira aumentaram, para o valor mais alto de sempre, de 19,6 ME, face aos 17,2 ME do exercício anterior, tal como as do merchandising, que superaram em 300 mil euros os 8,9 ME de 2021/22, enquanto as de patrocínios e publicidade caíram 400 mil euros, para os 16,8 ME.
Igualmente menores são as receitas reportadas com as competições europeias, de 38,9 ME, com a eliminação na fase de grupos da Liga dos Campeões e ‘queda’ nos quartos de final da Liga Europa, face aos 45,9 ME da época anterior, quando chegou aos oitavos de final da ‘Champions’
Este Relatório e Contas reflete ainda o reforço da participação do clube na SAD, após a conversão dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) que estavam na posse do Millenium BCP em ações da SAD, passando 63,8% para 83,9%, correspondendo a um aumento de capital social de 67 ME para 150,6 ME.
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