O Sporting esteve a perder frente ao Benfica, depois de um golo de Everton Cebolinha, mas conseguiu dar a volta na segunda parte, depois de golos de Gonçalo Inácio e Sarabia (2-1). Segundo triunfo consecutivo na Taça da Liga para os leões.
O contexto da final
Benfica e Sporting em Leiria, no segundo ombro a ombro da temporada, num jogo que iria atribuir o primeiro troféu da época: O título de campeão de inverno. Duas equipas que garantiram o bilhete para a final, depois de derrubarem Boavista e Santa Clara. Dois emblemas sedentos de um título para recuperarem os níveis de confiança. No caso dos leões, apenas um triunfo nos três últimos jogos do campeonato, depois das derrotas frente ao Santa Clara (3-2) e Sporting de Braga (2-1). Os encarnados com um empate caseiro frente ao Moreirense em 2022, e ainda em convulsão depois da saída recente de Jorge Jesus e a entrada de Nelson Veríssimo para o comando técnico. No que diz respeito à história na competição dois papa troféus em confronto: Sporting, detentor do troféu e com três triunfos e o Benfica com sete.
Onzes e apostas de Rúben Amorim e Veríssimo
Era uma das incógnitas para o dérbi, Benfica iria apresentar-se no relvado do Municipal de Leiria em 4-4-2 ou 4-3-3? O mistério foi desfeito com a constituição das equipas, com os encarnados a apresentarem-se no miolo com João Mário, Weigl e Meite. O médio francês de 27 anos rendeu Paulo Bernardo no onze. Na frente um tridente com Everton e Diogo Gonçalves no apoio a Yaremchuk.
Já em relação ao Sporting, três mexidas em relação à partida das meias-finais frente ao Santa Clara, Matheus Nunes entrou para o lugar de Ugarte. Paulinho no ataque, e Feddal no trio defensivo também foram apostas, por troca com Nuno Santos e Tabata. Pedro Porro também regressava à equipa, começava o jogo no banco, mas iria fazer a diferença na segunda parte.
O jogo
O domínio nem sempre se traduz em vitórias, mas quem chama para si a posse, é mais objetivo, e procura com mais afinco o golo, normalmente é bafejado com as vitórias e com os resultados. Nem sempre o futebol é poesia, pois é certo que as vitórias só se constroem com a bola na baliza.
O início do dérbi teve o leão com uma entrada mais arrojada, mais confiante, com mais posse. Matheus Reis, servido por Esgaio, provocou o primeiro frisson na partida, com um remate a bater nas malhas da baliza de Vlachodimos, numa tentativa de chapéu. A pressão dos verdes e brancos acentuava-se, em pressão alta, com o Benfica centrado na tarefa de condicionar o meio campo do Sporting, com Meité e João Mário.
Veja o resumo da partida
Leões mais afirmativos em posse, com pressão alta, com os encarnados mais na expetativa. Mas o Sporting não construía oportunidades. O Benfica, por outro lado, na primeira vez que foi à frente fez golo. Everton pegou na bola, trocou as voltas a um adversário e depois disparou um 'petardo', fuzilando Adán aos 23´. Um remate, um golo, num lance construído do lado direito e numa altura em que o Sporting estava mais forte. O golo não condicionou o Sporting, só talvez na pressa de fazer o empate.
A resposta surgiu logo a seguir, num cabeceamento de Inácio, para uma defesa de Vlachodimos. A toada não mudou com o golo, com o Sporting com mais bola, mas sem criar oportunidades, mas com o Benfica aparentemente confortável, atrás da linha da bola. Os verdes e brancos foram para cima e esticaram linhas à procura do empate. Pedro Gonçalves e Sarabia não tiveram a melhor pontaria, com um cabeceamento ao lado e uma bola ao poste do espanhol (lance que foi invalidado). Antes do intervalo, Paulinho cabeceou à figura de Vlachodimos. O leão vencia em quase todos os capítulos do jogo, com 64-34 de posse, mais remates (2-7) , cantos (3) o Benfica com apenas dois remates, mas tremenda eficácia com um golo marcado. No fundo, o que é mais importante no futebol.
Mas na segunda parte, o Sporting tinha que ser mais contundente se quisesse dar a volta e acabou por ser. A segunda parte arrancou praticamente com o golo do empate. Pontapé de canto marcado por Sarabia da esquerda, com Inácio desta vez a não perdoar e a fazer o golo.
Os verdes e brancos estavam mais intensos, com Matheus a encher o campo, a esticar o jogo. Mas foi a entrada de Porro (para o lugar de Matheus Reis) a mexer com o jogo: O espanhol dá a este Sporting outra capacidade para fazer a diferença. Veríssimo também mexeu, tirou Yaremchuk e lançou Gonçalo Ramos, um avançado mais móvel e poderia trazer coisas diferentes ao jogo do Benfica, mas a cartada acabou por não ter o efeito desejado.
Mas era o Sporting que tinha a 'faca nos dentes', que queria com mais força agarrar a Taça. Paulinho atirou à barra num remate à meia volta, depois de cruzamento de Matheus Nunes.
O golo da reviravolta viria logo a seguir. Porro furou a defesa encarnada, meteu a bola em Sarabia, que na cara de Vlachodimos atirou para o segundo dos leões.
Nelson Veríssimo arriscou tudo com as entradas de Pizzi, Taarabt e Henrique Araújo. O leão tentou 'trancar' a porta com as entradas de Ugarte. Entraram depois Tiago Tomás, para a despedida do avançado que está de saída para o Estugarda, e Nuno Santos para os minutos finais.
O Benfica, na segunda parte, foi praticamente inoperante em termos atacantes. Já perto do apito final foi pedido penalti num lance entre Matheus Nunes e Henrique Araújo. Não havia tempo para mais e foram os leões a agarrarem mais uma Taça para o museu.
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