O Sporting de Braga manifestou-se hoje "liminarmente contra a criação da Superliga Europeia", por entender que o futebol não pode ser dividido entre "clubes ricos e os restantes" e aponta uma contradição aos três 'grandes' portugueses.

"O Sporting de Braga é liminarmente contra a criação da Superliga Europeia, pois entende que o futebol não poderá nunca ser dividido entre os clubes ricos e os restantes", afirmou à agência Lusa fonte oficial do clube liderado por António Salvador.

Segundo a mesma fonte, "esta foi, aliás, uma posição amplamente manifestada ao longo de todo o processo que visou a centralização dos direitos televisivos em Portugal".

"Por isso, não deixa de ser curioso ver os clubes que se mostraram contra a centralização em Portugal (Benfica, Sporting e FC Porto) virem agora indignar-se com esta situação. É, no mínimo, irónico...", conclui.

No domingo, 12 dos principais clubes de Espanha, Inglaterra e Itália anunciaram a criação de uma competição de elite, concorrente da Liga dos Campeões, em oposição à UEFA, às federações nacionais e a vários outros emblemas.

AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham "uniram-se na qualidade de clubes fundadores" da Superliga, indica o comunicado, acrescentando que a competição vai iniciar-se "o mais brevemente possível".

Os promotores da Superliga adiantam que a prova será disputada por 20 clubes, pois, aos 15 fundadores - apesar de terem sido anunciados apenas 12 -, juntar-se-ão mais cinco clubes, qualificados anualmente, com base no desempenho da época anterior.

A época arrancará em agosto, com dois grupos de 10 equipas e os jogos, em casa e fora, serão realizados a meio da semana, mas todos os clubes participantes continuarão a disputar as respetivas ligas nacionais.

Os três primeiros classificados de cada grupo e os vencedores de um 'play-off' entre os quarto e quinto posicionados disputarão os quartos de final, em duas mãos, seguindo-se a fase a eliminar até ao jogo decisivo, em terreno neutro.

O comunicado dos 12 clubes surgiu no mesmo dia em que a UEFA reafirmou que excluirá os clubes que integrem uma eventual Superliga europeia de futebol, e que tomará "todas as medidas necessárias, a nível judicial e desportivo", para inviabilizar a criação de um "projeto cínico".

Na luta contra a pretensão de alguns dos mais poderosos clubes da Europa, a UEFA disse contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.

Em janeiro, a FIFA já tinha avisado, num comunicado conjunto com as confederações do futebol mundial, que impediria de participar nas suas competições qualquer clube ou jogador que integrasse uma eventual competição de elite, disputada por convite por alguns dos maiores clubes europeus.

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