O treinador do Boavista, Lito Vidigal, considerou hoje que as polémicas acerca das arbitragens no futebol português não têm "nada de novo", porque, recuando 50 anos, “as discussões são as mesmas”.
O técnico abordou o tema na conferência de imprensa em que anteviu o jogo com o Marítimo, no sábado, para 14.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, em resposta a uma questão sobre o esclarecimento que o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol fez esta semana após as queixas do FC Porto sobre o golo do Belenenses SAD, na jornada anterior.
"Basta fazer um recuo, até bem longo, é sempre assim, é futebol, é paixão. As pessoas vivem os clubes de uma forma muito apaixonada, às vezes não veem as verdades, veem a cor clubística, mas também é isto que torna o futebol especial. Se recuarmos 50 anos, as discussões são as mesmas. Por isso, nada de novo", analisou Lito Vidigal.
Questionado também sobre se as próprias instituições contribuem para a intensa polémica que o futebol vive, saindo a terreiro apenas quando há clubes grandes envolvidos, o treinador ‘axadrezado’ respondeu que "isso é a constante".
"Quando estamos num clube mais forte, as nossas palavras têm sempre um sentido diferente, são mais ouvidas e quando não estamos o que temos de fazer muitas vezes é fingir que não percebemos as coisas", afirmou.
Lito Vidigal concluiu a sua ideia observando que o Boavista teve "uma situação idêntica" no último jogo, com o Benfica, na jogada, também controversa, em que Cervi marcou e pôs os ‘encarnados’ a ganhar por 2-1.
"Para mim, o pior é que perdemos um jogador, que saiu lesionado daquele lance", completou, referindo-se a Marlon.
"Somos pouco ouvidos a maior parte das vezes. O que temos de fazer é continuar a desenvolver o nosso trabalho, esquecer essas diferenças [de tratamento] e encontrarmos equilíbrio com trabalho", acrescentou, considerando, igualmente, que "não vale a pena falar" se o Boavista também se sente prejudicado por algumas arbitragens.
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