O Sporting disse olá a este novo campeonato com um sorriso triunfal sobre o Marítimo, mas terá também dito adeus a João Mário, que saiu de Alvalade sob uma ovação de pé nos minutos finais. Despedida? Nada assumido no final, mas a saída para o Inter de Milão parece ser uma questão de tempo até à oficialização.

Deixando o mercado de lado e voltando ao jogo, foi um Sporting praticamente à imagem da época passada aquele que entrou em campo para defrontar o Marítimo. No onze de Jorge Jesus cabia apenas um reforço: Alan Ruiz, o eleito para fazer dupla com Bryan Ruiz no ataque face à ausência de Slimani e à saída de Téo Gutiérrez.

Com as novidades de João Pereira e Gelson Martins entre os titulares, o Sporting não demorou a tentar assumir o comando da partida. Porém, do outro lado estava uma formação madeirense disposta a surpreender. A equipa de Paulo César Gusmão esteve atenta às falhas defensivas dos leões na pré-época e procurou explorá-las ao máximo na primeira parte. Diawara, Baba e até Fransérgio procuravam constantemente as costas dos defesas leoninos e não raras vezes criaram perigo.

Exemplo disso foi a defesa magistral de ‘São’ Patrício aos 12 minutos, negando o golo a um isolado Diawara já na pequena área. Um falhanço imperdoável do jogador maritimistas, ‘business as usual’ da parte do guardião leonino e recém-consagrado melhor guarda-redes do Euro2016.

Ao segurar o nulo nesse lance, Rui Patrício despertou o resto da equipa para o primeiro golo poucos minutos depois. Aos 21’, Coates subiu mais alto do que toda a gente na defesa do Marítimo e cabeceou para o 1-0, após canto de João Mário. Tranquilo e favorável para o gigante central uruguaio.

O Marítimo ainda criou mais alguns problemas, da mesma forma que o Sporting teve hipóteses de dilatar a vantagem, mas nem um nem outro voltariam a marcar até ao intervalo.

Já na segunda parte, a história foi outra. O leão já não foi na cantiga madeirense e fechou bem os espaços da sua defesa, ao mesmo tempo que pressionava e intensificava o seu domínio. O perigo passou a ser uma constante junto da baliza maritimista e o segundo golo parecia inevitável com a passagem dos minutos.

Assim, nem foi preciso esperar muito, pois aos 60’ Bryan Ruiz fez o 2-0 e fechou as contas do jogo.

Até ao apito final o Sporting geriu a vantagem e derrotou bem o Marítimo, proporcionando ainda um adeus (?) repleto de aplausos a João Mário. O triunfo por 2-0 teve alguns momentos de ‘nota artística’, mas ainda sem direito a bailinhos ou necessidade de ‘stress’.