O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, disse hoje que pretende dotar o clube com um novo complexo desportivo além do que já tem e criar uma equipa de futebol feminino.
"Precisamos de ampliar o nosso complexo. Já é curto. Precisamos de fazer num outro local, que possa comportar um miniestádio, para podermos investir numa oportunidade, que hoje se abre, que é o futebol feminino", avançou, durante a intervenção na assembleia-geral do clube da I Liga portuguesa de futebol.
Perante pouco mais de uma centena de sócios vitorianos, no pavilhão do clube, o dirigente acrescentou que esse "miniestádio" pode acolher, no futuro, o trabalho do "futebol profissional" e os jogos da equipa B, atualmente na II Liga de futebol, explicando, à margem da reunião magna, que a criação dessa equipa, em 2012/13, trouxe a necessidade de mais "infraestrutura".
"A criação da equipa B veio trazer uma logística mais complexa de ocupação dos campos, de degradação dos campos. Com o tempo, percebemos que, para melhorar a qualidade do trabalho que se faz, é importante ter mais infraestrutura", disse aos jornalistas no final da assembleia-geral.
Júlio Mendes afirmou, porém, não existir "processo nenhum em concreto", mesmo depois de, no decurso da campanha para as Eleições Autárquicas, de 01 de outubro, Domingos Bragança, reeleito como presidente da Câmara pelo PS, prometeu um contrato-programa de apoio ao Vitória para a criação de um "complexo desportivo" no Parque de Ardão, na freguesia de Silvares.
Apesar de ter antecipado outros projetos que gostaria de ver implementados no futuro, nomeadamente a criação de "uma comissão para preparar o centenário", em 2022, a "internacionalização das escolinhas do Vitória", a criação de uma fundação, com fins solidários, e "autonomização de atividade comercial" do clube, Júlio Mendes ainda não decidiu se se vai recandidatar à presidência, em 2018.
O dirigente explicou que só vai anunciar uma eventual candidatura ou não a um terceiro mandato em "janeiro ou fevereiro" por considerar que, independentemente da "vontade" que tem, um "anúncio" nesta fase iria "mexer" com os "jogadores" e "parceiros".
Durante a intervenção na reunião magna, o responsável vitoriano pediu aos sócios para serem "adultos", "maduros" e saberem que Vitória querem quando chegar a ?guerra das eleições', mas, questionado sobre outras candidaturas que possam surgir, disse não ter informação.
"Ouço muita coisa, rumores, mas gente credível não ouvi falar de ninguém. Eu gostava de ouvir falar e. Eu sou favorável à limitação de mandatos na política. Aqui também sou. As pessoas não se podem perpetuar nos lugares", disse.
Sobre a equipa de futebol, 10.º classificada na I Liga, Júlio Mendes mostrou-se confiante que a época ainda "vai correr bem" e não pode ser posta "em causa", visto o clube atravessar uma fase de "crescimento" que lhe permitiu adquirir, por exemplo, Celis, Francisco Ramos e Hurtado e ter só "dois jogadores emprestados", mas com "cláusula de compra" - Jubal e Héldon.
O presidente vitoriano admitiu ainda que uma eventual melhoria na presente época dos resultados financeiros da época passada - 2,8 milhões de euros da SAD e resultado líquido de 800 mil euros do clube - só vai ser possível caso haja "sucesso desportivo".
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