A auditora KPMG revelou esta terça-feira os mais recentes números referentes à avaliação dos jogadores presentes nas principais ligas europeias e os números mostram que os efeitos da COVID-19 ainda se fazem sentir.
De acordo com os dados do 'KPMG Football Benchmark', o somatório da avaliação quer dos 100, quer dos 500 jogadores mais valiosos continuam a apresentar quebras superiores a 10 por cento, quando comparado com o último valor registado antes da pandemia, em fevereiro de 2020 (diferença de 10,6 por cento no top 500 e de 10,1 por cento no top 100).
La Liga a que mais desce, Primeira Liga sobe
Olhando liga a liga, a Liga Espanhola foi a que registou a maior queda, com uma desvalorização de 21,1 por cento, equivalente a 1,4 mil milhões de euros, num ano (entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021). Mas esta não foi a única entre as grandes ligas europeias a sofrer com a pandemia: a Premier League perdeu 1,1 mil milhões, a Serie A 500 milhões e a Bundesliga 400 milhões.
Mas nem todas as ligas viram o valor agregado dos jogadores que nelas participam decrescer no último ano: além da Liga Turca, que aumentou em 54 milhões o valor agregado dos seus jogadores (em parte graças ao acréscimo de três equipas na competição esta época), também a Primeira Liga aumentou o valor agregado dos plantéis em 34 milhões de euros.
Sporting entre os 10 que mais cresceram
Para este aumento de valor na Primeira Liga, um dos responsáveis terá sido o Sporting, que fecha o Top 10 das equipas que viram o valor de mercado dos respetivos planteis aumentarem desde fevereiro de 2020.
De acordo com a KPMG, os leões registaram uma valorização de 36,7 milhões de euros, contando agora com um plantel avaliado em 163 milhões de euros.
No topo da tabela está o Leeds United, que subiu à Premier League esta época e viu a avaliação do seu plantel aumentar 130,4 milhões de euros, alcançando agora os 240 milhões. De resto, os três primeiros lugares são ocupados por clubes da Premier League, com o Fulham em 2.º (+117,5 milhões) e o Wolverhampton em 3.º (+ 81.1 milhões).
Fora da Premier League, o Leipzig, da Bundesliga, é o primeiro a surgir, com um aumento de 71,4 milhões de euros. Seguem-se Granada (+64,4 M), West Brom (+53,7 M), Stade Rennais (+ 50,5 M), Hertha Berlim ( + 43,2 M) e Atalanta (+ 40,8 M).
Mbappé é o mais valioso, mas é dos que mais desce
A nível individual, Kylian Mbappé segue no primeiro lugar dos jogadores mais valiosos para a KPMG, ainda que o francês tenha registado uma quebra de 15 milhões na sua valorização desde dezembro, valendo agora 185 milhões de euros.
Harry Kane aumentou o seu valor num milhão de euros e subiu três lugares, sendo o segundo jogador mais valioso da tabela. Sterling completa o pódio, avaliado em 125 milhões de euros, num top 10 dominado pela Premier League.
Pedri, do Barcelona, foi o jogador que mais aumentou o seu valor desde dezembro de 2020, registando uma valorização de 26 milhões de euros. Phil Foden, do Manchester City, foi o segundo que mais cresceu, registando um aumento de 20 milhões de euros e Florian Wirtz, do Bayer Leverkusen, completa o pódio dos que mais aumentaram o seu valor, com uma subida de 17 milhões de euros em três meses.
Em sentido oposto, está Messi, que registou a maior queda, vendo o seu valor de mercado diminuir em 27 milhões de euros, estando avaliado agora em 75 milhões. Apesar de ser o mais valioso, Mbappé registou a segunda maior quebra, com uma desvalorização de 15 milhões desde dezembro, algo explicado pelo facto do seu contrato estar a terminar e pela menor probabilidade de existirem negócios astronómicos nos próximos tempos.
Dele Alli, do Tottenham, fecha o pódio com a mesma desvalorização de Mbappé, explicada pela sua lesão num tendão e pela sua ausência dos onzes apresentados por José Mourinho.
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