À imagem de outros mercados de transferência, o Benfica está a protagonizar um defeso altamente produtivo e já vai com lucros superiores a 100 milhões de euros. Com a venda mais recente de David Neres para o Nápoles as águias elevam o encaixe financeiro total para 157,25 milhões de euros, após aquela que foi a terceira maior venda encarnada deste verão.

Contabilizando com a saída de Gonçalo Ramos, que só neste mercado foi consumada uma vez que o jogador estava no PSG emprestado com opção de compra obrigatória, as águias viram sair um total de dez jogadores. A maior venda foi mesmo a do avançado que joga nos parisienses (65ME), secundada por outra transferência para a capital francesa: João Neves reforçou o campeão gaulês por 59,92ME.

Imediatamente a seguir surge David Neres, que hoje foi oficializado e que deixou nos cofres do Benfica 28ME que podem chegar aos 30ME, mediante o cumprimento de determinados objetivos. A partir daqui os valores são significativamente mais reduzidos, aparecendo Paulo Bernardo que reforçou o Celtic por 4,20ME e Jurasék, emprestado ao Hoffenheim por 125 mil euros.

Além destas saídas que trouxeram vários milhões de euros aos encarnados, também Rafa (Besiktas) e Kokubo (Sint-Truiden partiram, mas a custo zero, enquanto Pedro Santos (Moreirense), Tengstedt (Verona) e Henrique Araújo (Arouca) foram emprestados, resultando nos 157,25ME que encheram a conta encarnada.

Vendas, sim, mas também houve investimento

Com tantas saídas era inevitável o Benfica reforçar o plantel com soluções para colmatar as perdas e as lacunas identificadas por Roger Schmidt. Nesse sentido, chegaram à Luz sete jogadores em definitivo, além dos regressos de Martim Neto e Andreas Schjelderup.

O reforço mais caro foi Vangelis Pavlidis, que por 18 milhões de euros promete ser o goleador de serviço que faltou ás águias na última temporada. De seguida, era importante reforçar a lateral esquerda, que tantos problemas deu, e para esse lugar veio Jan-Niklas Beste do Heidenheim (8,5ME), além de ter sido acionada a opção de compra por Álvaro Carreras, oriundo do Manchester United (6ME).

Por falar em opções de compra, Benjamín Rollheiser também viu as prestações serem recompensadas e o Benfica pagou 9,5ME ao Estudiantes, tendo feito o mesmo por Gustavo Marques, que convenceu no empréstimo à equipa B e custou 1,5ME.

Por fim, as contratações que poderão ser consideradas as mais proveitosas (o futuro o dirá), são Leandro Barreiro, que terminou contrato com o Mainz e foi o primeiro reforço confirmado, e Renato Sanches que voltou a casa por empréstimo, proveniente do PSG, envolvido no negócio de João Neves.

Feitas as contas, são 43 milhões de euros investidos para a temporada 2024/25, resultando num lucro de 114,25ME que o Benfica encaixou só neste mercado de verão. Sendo assim, os encarnados dão continuidade à senda dos últimos anos, em que têm dominado o mercado em Portugal e conseguido lucros significativos, temporada após temporada.