Júlio Vieira de Castro, candidato derrotado nas eleições do Vitória de Guimarães, assumiu hoje que pode recandidatar-se à presidência do clube da I Liga portuguesa de futebol daqui a três anos ou até num prazo mais curto.

Depois de ter recolhido 3.390 dos 7.274 votos registados e conseguido 48% contra os 52% de Júlio Mendes) no escrutínio mais concorrido de sempre da história do clube, o sócio número 2.035 dos vitorianos duvidou que a direção reconduzida seja capaz de liderar o clube até ao final do terceiro mandato, admitindo que pode entrar em nova disputa eleitoral.

"[Posso candidatar-me daqui a três anos] Ou provavelmente, menos. Como diriam os romanos, esta foi uma vitória de Pirro, com tão pouca margem. Tendo em conta as competências da lista adversária, talvez eles caiam mais cedo, e talvez ocorra outro ato eleitoral proximamente. Estaremos cá para a luta", afirmou o candidato da lista A.

O líder do movimento eleitoral ‘Novo Vitória' acrescentou que a leitura dos resultados leva os membros da sua equipa a não se sentirem "vencidos" e a manterem-se "vigilantes" sobre o dia a dia do clube, ao mesmo tempo que evidencia a "validade", a "integridade" e a "mais-valia" do seu projeto.

Apesar de ter reconhecido que o resultado atingido lhe despertou uma sensação semelhante a ‘morrer na praia', Vieira de Castro sugeriu que, após as eleições, o Vitória de Guimarães ficou mais "reforçado" e os sócios, a quem elogiou a participação nas urnas, "mais exigentes" e "mais vigilantes".

"Agradeço desde já a todos os vitorianos a participação que tiveram neste ato eleitoral. Ficámos, enquanto Novo Vitória, extremamente satisfeitos por termos batido o recorde de afluência às urnas. Significa que os vitorianos deram a devida importância a este ato eleitoral", rematou.

Júlio Mendes, presidente dos vimaranenses desde 2012, foi hoje reeleito para um terceiro mandato à frente do clube minhoto.