O treinador André Villas-Boas espera segunda-feira um “jogo difícil” contra o Vitória de Setúbal, que pratica “um futebol directo, agressivo, longo e com profundidade”.

“O Vitória de Setúbal vem de uma série infeliz em termos de resultados, apesar do triunfo na Madeira para a Taça de Portugal, mas apresenta uma equipa muito competitiva”, reconheceu André Villas-Boas.

O treinador dos “dragões” considera que o Vitória de Setúbal “foi infeliz” frente à Académica de Coimbra, equipa que considera, para já, a revelação da época, em que “perdeu apesar de ter dominado”.

André Villas-Boas destacou “algumas ausências importantes na equipa sadina”, não sabendo se “por estratégia ou não”, e recordou a época difícil por que o clube passou o ano passado, em que se salvou “in extremis”.

De acordo com o treinador do “dragões”, o Vitória de Setúbal, que irá dar ao FC Porto a iniciativa de jogo, “está mais estável” e, conquistando três pontos, pode saltar para o meio da tabela classificativa da Liga.

Villas-Boas realçou a importância da equipa do FC Porto continuar a ganhar, manter a invencibilidade e materializar o objectivo definido internamente, que é chegar até ao fim do ano sem derrotas.

“Queremos continuar invencíveis até ao máximo possível e o objectivo interno é até à paragem de Dezembro, nas várias frentes competitivas: campeonato, Taça de Portugal e Liga Europa”, explicou.

Villas-Boas considerou que ao longo da alternância entre as provas o importante é a equipa estar concentrada e manter os índices que já demonstrou, apesar da pressão que possa sentir pelo aproximar dos adversários.

O jogo com o Vitória surge após o FC Porto ter ganho ao Rapid Viena, na Áustria, num estádio emblemático para o emblema dos “dragões”, que aí se sagraram campeões europeus pela primeira vez no seu historial.

“Em Viena, a equipa assumiu um compromisso total com o jogo, que, dada a sua envolvência, era muito importante”, acrescentou André Villas-Boas, destacando a atitude de todos e em especial os três golos de Falcao.

O treinador dos “dragões” acredita que o desgaste de Viena “não se fará sentir na equipa”, que dispõem de “dias suficientes de recuperação”, apesar de “algo machucada” e das baixas anunciadas de Beto e Varela.

Apesar do bom desempenho e dos cinco meses fantásticos, André Villas-Boas reconheceu que “o FC Porto ainda só ganhou um troféu e que os próximos cinco meses é que serão fundamentais para vencer o maior número de títulos”.