O candidato à presidência do Sporting Zeferino Boal disse hoje que passará a sentar-se no banco de suplentes da equipa se for eleito a 26 de Março, gesto que deveria ter sido seguido na recepção ao Benfica, segunda-feira.

«Ontem [segunda-feira], dia de Sporting-Benfica [0-2], teria sido um momento excelente para os mais altos responsáveis do clube se sentarem no banco para apoiar a equipa de futebol. A partir de dia 26 de Março estarei sempre no banco», disse à agência Lusa Zeferino Boal.

O candidato fez questão de salientar que passará a sentar-se no banco de suplentes, «não só na qualidade de dirigente do Sporting, mas também como sócio da Associação Portuguesa de Árbitros».

Para o candidato, «até ao final da época, equipa técnica e jogadores representam o Sporting» e é com eles que dirigentes, sócios e adeptos «têm de lidar e a quem têm de dar força para dignificarem o clube».

«Aliás, foi nesse sentido que desafiei o conselho directivo para no jogo frente ao Benfica sentar lado a lado todos os candidatos à presidência, para assim se transmitir uma imagem de unidade à volta da equipa. Não recebi qualquer resposta», adiantou.

Zeferino Boal disse ainda entender as palavras do técnico adjunto do Sporting, Alberto Cabral, no final do jogo, quando declarou que os jogadores deviam estar orgulhosos «não pelo resultado, mas pelo que trabalharam».

«Há muitos pontos ainda para ganhar. É preciso transmitir emoção e paixão até ao final da época. Compete aos dirigentes, mesmo demissionários, transmitir essas palavras. As palavras do adjunto deveriam ter sido repetidas pelos mais altos responsáveis do clube», concluiu.

Zeferino Boal é um dos três candidatos assumidos às eleições para a presidência do Sporting, a par de Bruno de Carvalho e Dias Ferreira.

As eleições antecipadas para a presidência do Sporting foram precipitadas pela demissão de José Eduardo Bettencourt, anunciada em meadas de Janeiro, após uma derrota caseira da equipa de futebol frente ao Paços de Ferreira.