A Federação Argentina de Futebol tomou uma decisão radical para fazer frente às incertezas à volta da pandemia da COVID-19: dar por terminada esta época de futebol e usar a classificação atual para determinar os representantes do país nas provas de clubes da CONMEBOL.
"Na reunião do Comité Executivo, desta terça-feira, será dada como terminada a temporada de 2019/20, na qual a classificação geral definirá os apurados para a Taça Libertadores e Taça Sudamericana", explicou o presidente da federação da Argentina, Claudio Tapia, em declarações à TNT Sports.
"Os lugares concedidos pela Superliga e Taça da Argentina continuam em aberto, e serão disputadas quando o Ministério da Saúde permitir. Além disso, não haverá decidas em 2019/20 nem 2020/21", completou o dirigente.
As descidas de divisão serão retomadas depois de 2022. Estas decisões serão votadas esta terça-feira pelo Comité Executivo.
Tapia lembrou que estas decisões podem não agradar a toda a gente mas que é preciso olhar para os efeitos económicos da pandemia COVID-19.
"A recuperação económica do futebol será lenta e temos de tomar medidas como estas para gerar recursos e sair desta crise", explicou o líder do futebol argentino.
A Argentina segue o exemplo do México que também resolveu cancelar subidas e descidas na principal liga de futebol nos próximos seis anos. O organismo também aprovou sanções económicas aos três clubes que estavam prestes a cair antes da suspensão do torneio devido a pandemia da COVID-19.
Com o campeonato Clausura-2020 suspenso desde 15 de março devido à contingência sanitária, o primeiro beneficiário do cancelamento do descidas foi o Atlas, que estava na parte inferior da tabela; O Atlético de San Luis e Juárez também estavam a lutar pela permanência.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 206 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 810 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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