O anterior presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting da Covilhã, António Lopes, diz que o clube, «neste momento, legalmente, não tem direção», por considerar «ilegal» a reunião magna em que José Mendes foi eleito.
António Lopes diz que os estatutos determinam que a Assembleia-Geral Eleitoral deve decorrer sem debate e que, não havendo listas, se deve designar uma comissão de gestão, uma comissão de fiscalização, ou ambas.
O presidente da Mesa optou por dar a palavra aos sócios, com a justificação de tentar encontrar uma solução para a ausência de candidatos, a reunião foi retomada no dia 02 e o presidente do clube, José Mendes, acabou por avançar para um quarto mandato.
Numa carta enviada ao seu sucessor, tornada pública, António Lopes acusa Luís Veiga de «desrespeito aos estatutos» e de com a sua atitude, ao não convocar uma nova Assembleia-Geral e não ter nomeado uma comissão de gestão, «impedir uma verdadeira e legítima solução».
Para António Lopes, que se incompatibilizou com José Mendes e nas anteriores eleições apoiou o candidato derrotado, Veiga «persiste em promover ilegalidades, condicionar e impedir a legítima discussão aos sócios».
Luís Veiga diz que o que aconteceu no primeiro dia da Assembleia Geral, a 20 de março, «não foi um debate eleitoral», porque não havia listas para serem votadas, e se quis dar aos sócios a «oportunidade de se pronunciarem».
Por outro lado, Veiga salienta não ter havido qualquer vazio diretivo, porque a anterior direção estava ainda em funções, e por isso rejeita terem sido violados os estatutos.
Tal como já havia feito antes, António Lopes apelou ao presidente do órgão para que marque uma assembleia «dentro das regras estatutárias», porque frisa não participar em reuniões «ilegais». Segundo Luís Veiga, para que tal acontecesse tinha de ser requerido por um mínimo de cem sócios.