O presidente do Belenenses manifestou na sexta-feira a intenção de propor à mesa da Assembleia-Geral (AG) do clube a marcação de uma reunião magna «o mais depressa possível» para esclarecer todos os sócios sobre o negócio com a Codecity.

A AG extraordinária, que estava inicialmente marcada para a noite de sexta-feira, mas que foi desconvocada pelo presidente da Mesa da AG, Carlos Pereira Martins, acabou por dar lugar a uma sessão de esclarecimentos, em que marcaram presença cerca de 50 sócios.

De resto, Carlos Pereira Martins não esteve presente na sessão e, no final, o presidente do Belenenses, António Soares, afirmou que a direção vai propôr a marcação de uma AG para esclarecer formalmente os sócios.

«Nunca houve intenção desta direção em ocultar o que quer que seja. Como tal, vamos propôr ao presidente da Mesa que convoque uma AG o mais depressa possível para prestarmos formalmente todos os esclarecimentos aos sócios», referiu.

Carlos Pereira Martins tinha convocado uma AG extraordinária do clube, que tinha como ponto único a apresentação dos contornos do negócio que levou à alienação da maioria do capital social da SAD, mas, na quinta-feira acabou por desconvocar a reunião magna, alegando que a documentação necessária sobre o negócio não lhe foi facultada, para posterior disponibilização aos associados.

Por outro lado, António Soares refirmou que a Codecity Sports Management (CSM), liderada pelo ex-administrador da PT Rui Pedro Soares, foi a única alternativa real, já que nem mesmo Joaquim Oliveira, que detém 32 por cento do capital social da SAD através da Sportinveste, se mostrou interessado em injetar dinheiro na sociedade anónima.

Da sessão de esclarecimentos saiu igualmente a justificação para o facto de António Soares ter rejeitado uma hipótese que surgiu poucos dias antes da AG de 04 de novembro, relativamente a outro possível investidor, que havia estado em contato com os outros dois administradores da SAD, António Polena, que entretanto abandonou o cargo, e Nuno Costa.

«A 48 horas da AG de 04 de novembro, o António Polena ligou-me a dizer que havia hipótese de contactar um empresário de futebol em Madrid. Perguntou-me se queria ir e disse-lhe que não. Eu estava envolvido e dei a cara durante oito meses pela opção apresentada por Rui Pedro Soares. Expliquei que se as coisas corressem mal em Madrid, quando voltasse a Lisboa, Rui Pedro Soares mandava-me `dar uma volta´», explicou.

Apesar de ter sido aconselhado a adiar a AG de novembro, «porque poderia aparecer uma alternativa», António Soares garante que tal nunca se verificou e que «os contratos [com a CSM] foram assinados a 12 dezembro e durante esse período não houve uma alternativa».

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