A assembleia-geral do Santa Clara, inicialmente agendada para sexta-feira, foi suspensa até 06 de maio, por voto unânime dos sócios, devido à falta de um parecer do conselho fiscal do clube.

"Houve um entendimento, e a assembleia-geral é soberana nessa matéria, que houvesse um parecer do conselho fiscal e desse ponto de vista não levantamos qualquer problema. Não estamos aqui para levantar problemas e se os sócios se sentem mais confortáveis com um parecer do conselho fiscal que assim seja", afirmou esta noite Mário Batista, presidente do clube.

A assembleia-geral do clube tinha como ponto único a apreciação e aprovação do relatório e contas das épocas desportivas 2012/2013 e 2013/2014, no entanto, Manuel Branco, que se encontrava demissionário do cargo de presidente do conselho fiscal do clube e que cessou funções em junho de 2014, recusou-se a dar um parecer às contas que só agora foram apresentadas.

Miguel Simas, vice-presidente do conselho fiscal do Santa Clara, que até então também se encontrava demissionário, comprometeu-se perante os sócios em "retirar o pedido de demissão" para analisar as contas em causa e assim emitir um parecer do conselho fiscal na assembleia geral de dia 06 de maio.

"As pessoas estão a levar tempo a perceber que o mais importante é o Santa Clara e se nós queremos dar a volta à situação grave do clube com certeza que é importante que todos trabalhem e caminhem no mesmo sentido", disse o presidente do clube.

Quanto às eleições de novos órgãos sociais do clube, aprovadas na assembleia-geral do dia 16 de janeiro, deverão decorrer no final do mês de maio ou no início do mês de junho, sendo que segundo Mário Batista "não será um processo pacífico", devido às características jurídicas, porque o atual presidente é também executor do Plano de Recuperação do clube, que tem uma dívida de cerca de oito milhões de euros.