Ainda na ressaca da conquista histórica do Benfica que, após derrotar o Peñarol no Uruguai (1-0), ergueu pela primeira vez a Taça Intercontinental sub-20, ainda são várias as emoções na flor da pele dos protagonistas e agora foi a vez do técnico Luís Castro contar como viveu o momento.

"Nunca imaginei porque trabalhamos dia-a-dia, os jogos vão aparecendo. É evidente que, na UEFA Youth League, quando começámos, o objetivo era vencer. Quando apareceu esta prova [Taça Intercontinental sub-20] o objetivo era vencê-la. Se me perguntassem se há cinco anos se estaria aqui com dois títulos destes… não. Foi um ambiente fantástico, contra nós, mas fantástico. Puxaram do início ao fim. Duas horas antes do jogo já havia gente no estádio, quando chegámos havia gente fora e dentro à nossa espera, também a ‘picar-nos’ um bocado. Andamos no futebol por isso, pelos adeptos e pelo ambiente que existe", explicou em declarações à 'BTV'

O técnico português salientou ainda a importância do palco na conquista encarnada: "Ser campeões no Estádio Centenário ainda mais importante foi por ser um estádio emblemático a nível mundial. Vencer a primeira prova num estádio assim é ótimo para nós".

Esta foi uma conquista que corou a formação do Benfica já depois de na época passada se ter assistido à vitória final da UEFA Youth League. Para o técnico português que tem comandado os destinos dos jovens encarnados, estes são motivos mais que suficientes para haver uma crença nas novas gerações.

"Continuem a acreditar na formação do Benfica. Já demos provas que formamos jogadores que são impossíveis de comprar por qualquer outro clube português. Nós conseguimos formar jogadores desse nível", explicou, avançando ainda com outro pedido: "Quando estiverem na equipa principal e no Estádio da Luz que os apoiem, acima de tudo, que sejam os primeiros a serem aplaudidos. Quando cometerem um erro, porque todos cometem, que sejam os primeiros a serem puxados para cima porque são os nossos filhos".

A aposta na formação pode ser assim uma das novas armas do Benfica de Roger Schmidt. Nomes como Henrique Araújo, Diego Moreira, Paulo Bernardo e Gonçalo Ramos têm sido nomes a aparecer com alguma frequência por entre o papel principal. Este último tem sido, até ao momento, a principal referência ofensiva da equipa.