A Assembleia-Geral do Penafiel com vista a eleger a nova direção do clube da II Liga de futebol voltou a terminar de forma inconclusiva, por não aparecer nenhuma lista para assumir essas funções.

O presidente demissionário explicou, em declarações à agência Lusa, que «não há burros para carregar este fardo e por isso houve necessidade de adiar mais uma vez esta assembleia para ir em busca de alguém que queira assumir esta responsabilidade».

Augusto Teixeira admitiu ainda que «esta é uma situação muito desagradável, ainda por cima numa altura em que o Penafiel tem de apresentar todos os pressupostos necessários para competir».

«Olho para um futuro muito sombrio do Penafiel. Digo isto porque eu não desisto da minha decisão de deixar a presidência, a não ser que se reúnam uma série de fatores para que o clube não viva de mecenas. Eu já fui mecenas, mas não vou voltar a ser», esclareceu.

O ainda dirigente penafidelense reforçou ainda a ideia de que o cenário negro do clube não o demove e disse que a sua continuidade está dependente «de uma garantia sustentada no apoio das forças vivas da cidade, da autarquia e de toda a sociedade».

«O Penafiel Futebol Clube precisa de um abanão, caso contrário a situação vai manter-se na próxima Assembleia-Geral e, na melhor das hipóteses, o Penafiel terá de jogar nos campeonatos amadores», disse desanimado.

A terceira Assembleia-Geral do Penafiel com o objetivo de eleger o novo presidente do clube, ou encontrar uma situação que possa ser viável para a instituição, foi agendada para o próximo dia 05 de junho.