As consequências desportivas do fim da II Liga de futebol devido à pandemia de COVID-19, como eventuais subidas ou descidas, vão ser hoje definidas pela direção da Liga de clubes, em reunião extraordinária do executivo do organismo.

Este é o primeiro ponto da ordem de trabalhos da reunião extraordinária convocada no passado sábado pela direção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

A direção liderada por Pedro Proença vai traçar os possíveis cenários decorrentes da não autorização governamental para a conclusão do campeonato do segundo escalão, no âmbito do plano de desconfinamento apresentado na quinta-feira.

As decisões tomadas vão ter depois de ser aprovadas na Assembleia-Geral do organismo, que ainda não tem data marcada.

Tal como a I Liga, a II Liga foi suspensa por tempo indeterminado em 12 de março, data em que, após 24 jornadas, Nacional e Farense ocupavam os lugares de subida e Cova da Piedade e Casa Pia os de descida ao Campeonato de Portugal.

A conclusão da I Liga é uma possibilidade, enquanto o Campeonato de Portugal já foi cancelado, tendo a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) indicado para promoção Arouca e Vizela, os líderes com mais pontos das quatro séries.

Além das consequências desportivas, o executivo de Proença vai ainda definir e decidir a verba do orçamento da LPFP a afetar aos clubes da II Liga e aprovar o regulamento de apoio a estas mesmas equipas.

Na sexta-feira, uma fonte ligada ao processo disse à Lusa que a FPF vai disponibilizar um milhão de euros aos clubes do segundo escalão, ao antecipar as verbas para o financiamento para infraestruturas da próxima temporada.

Este montante disponibilizado pelo organismo federativo integra o fundo que incentiva os clubes na melhoria das condições dos estádios, mas que, excecionalmente, pode ser usado para outros fins.

Anualmente, o fundo de infraestruturas é de um milhão de euros, com comparticipações iguais, de 500 mil euros, de LPFP e FPF, esta última que decidiu antecipar os montantes correspondentes a 2020/21.