O Sindicato dos Jogadores saiu hoje a público em defesa do plantel do Leixões, para negar que aqueles futebolistas se tenham oposto ou condicionado a negociação com a administração leixonense antes do recurso por esta ao 'lay-off' simplificado.
"A decisão de ir para 'lay-off' não foi de último recurso, foi tomada unilateralmente, sem conhecimento prévio dado aos jogadores ou ao Sindicato. A postura dos jogadores tem sido irrepreensível e não é verdade que a Leixões SAD tenha querido negociar previamente outra solução", refere o comunicado do sindicato.
O Sindicato dos Jogadores acusa a SAD leixonense de ter "promovido com o grupo de trabalho, e posteriormente com alguns jogadores, uma atitude de divisão e perseguição e, por isso, apesar dos esforços do Sindicato, à semelhança de outros casos, não foi possível chegar a um entendimento".
"Um dos problemas por resolver, facilmente demonstrável, está relacionado com a emissão dos recibos mensais dos jogadores. Em causa está a declaração de parte do salário como 'kms' (ajudas de deslocação), pelo que foi legitimamente pedida pelos jogadores visados a retificação e informada a autoridade tributária", acrescenta o comunicado.
Por outro lado, "nada justifica a publicação na rede social Facebook de recibos de vencimento de jogadores, em grosseira violação do dever de confidencialidade resultante do contrato de trabalho desportivo e da proteção dos seus dados pessoais", situação que legitima a ação por todos os meios legais à sua disposição, para exigir a reparação dos danos causados".
O Leixões, da II Liga de futebol, avançou no início de abril para o 'lay-off' simplificado, em reação aos previsíveis efeitos financeiros da pandemia de COVID-19.
Sem competição desde 09 de março, vários clubes portugueses optaram por negociar com os respetivos planteis reduções salariais como forma de minimizar a ausência de receita ditada pela falta de jogos.
A nível global, a pandemia de COVID-19 já provocou perto de 312 mil mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.218 pessoas das 29.036 confirmadas como infetadas, e há 4.636 casos recuperados, segundo o último balanço da Direção-Geral da Saúde.
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