O Varzim, que milita na II Liga portuguesa de futebol, lamentou hoje o final prematuro do campeonato, embora mostrando-se conformado com a medida.
"Esta decisão contraria aquela que foi sempre a vontade dos clubes da I e II Liga, que acabaram por ver gorados os seus esforços da retoma e sobre a qual nada mais podem agora fazer”, pode ler-se num comunicado emitido pelo emblema poveiro.
O Varzim lembrou que cooperou "num plano de retoma trabalhado pelos clubes, organismos e departamentos médicos e técnicos que permitisse um regresso aos treinos e à competição em segurança".
O clube da Póvoa de Varzim vincou que, juntamente com outros emblemas, Federação Portuguesa de Futebol e Liga de Clubes, "tudo foi feito para que houvesse campeonato até fim".
Perante a impossibilidade da conclusão da II Liga, o Varzim "expressou o agradecimento pelo forte empenho da Federação e da Liga na criação de um fundo de apoio solidário aos clubes".
Fonte de clube, contactada pela agência Lusa, reconheceu que esse apoio financeiro previsto "ajudará a atenuar os efeitos da paragem do campeonato", mas vincou que os prejuízos ainda "não se podem, para já, contabilizar".
"Apesar de mantermos os compromissos com os jogadores, deixamos de ter a possibilidade de eles evoluírem, mostrarem as suas capacidades e rentabilizarem-se. Além disso, nem sabemos o que nos espera para a próxima época", vincou a mesma fonte.
O governo vai permitir o regresso da I Liga de futebol, que foi suspensa em 12 de março, após 24 jornadas, a partir de 30 e 31 de maio, e da final da Taça de Portugal, mas não da II Liga e quaisquer outras competições desportivas nacionais.
Estas medidas constam no plano de desconfinamento aprovado quinta-feira, em Conselho de Ministros, quanto à transição do estado de emergência, que cessa no sábado, para o estado de calamidade.
Em Portugal, morreram 1.023 pessoas das 25.190 confirmadas como infetadas, e há 1.671 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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