O presidente do Feirense, que no sábado subiu à Liga Portuguesa de Futebol Profissional, admite que os custos possam conduzir a um passivo no final desta época, mas quer duplicar o seu orçamento na próxima.

«Feitas as contas aos prémios que temos que pagar aos jogadores pela subida e aos festejos em que temos andado, que também não custam tão pouco quanto isso, no final da época vamos ter um pequeno passivo de 100 a 150 mil euros», revelou Rodrigo Nunes à Lusa.

O dirigente do clube de Santa Maria da Feira referiu ainda:

«Mas esperamos com facilidade regularizar a situação com as receitas de jogo do próximo ano. O nosso objectivo é que, à custa disso, possamos duplicar o nosso orçamento, que nesta época foi de um milhão de euros.»

Expectativas, Rodrigo Nunes diz que são «elevadas e excelentes. O Feirense está finalmente na elite do futebol português e vai jogar entre os melhores clubes, o que é motivo para se empenhar ainda mais».

Para o líder feirense, «o desafio agora aumenta, a fasquia está muito mais alta e a equipa vai lutar para não regressar à Liga de Honra», mas tudo isso sem dramatismos:

«Não nos vamos preocupar em demasia com isso, porque temos é que continuar a ser rigorosos e a ter os nossos orçamentos bem controlados.»

Avisando que «não vai haver investimento em reforços, porque o clube precisa é de investir nas obras no estádio», Rodrigo Nunes ainda quer ganhar o campeonato, mas acredita que isso «não muda nada – só faz é uma fotografia mais gira, com a taça lá no meio».

O treinador do Feirense tem outra opinião:

«É extremamente importante sermos campeões. Porque uma coisa é ficar em primeiro lugar e outra bem diferente é não passarmos do segundo.»

Joaquim Machado, mais conhecido por Quim Machado, considera que a equipa «fez tudo bem» nesta época, desenvolvendo «um trabalho sério e honesto, em que, desde o primeiro momento, logo nas contratações tudo foi feito a pensar na subida» e refere que foi essa postura que conduziu a «uma equipa com mentalidade vencedora».

A concretizar-se, o título será «o culminar de todo esse processo», o que, para Quim Machado – cuja decisão quanto à sua permanência no Feirense «ainda não é uma prioridade» – também representa «mais responsabilidades na próxima época», já na Liga principal.

«A Liga é outra realidade e o clube precisa de alterar algumas coisas se se quiser adaptar», observou o treinador, adiantando:

«Isso tem que se verificar um pouco por todo o lado, desde o plantel até à formação de novos departamentos, para, independentemente da subida, o Feirense ficar mais organizado, mais profissional.»