Ainda antes do início do encontro com o Arouca, João de Deus comunicou ao dirigente que queria abandonar o cargo, e acabou por comunicar aos jogadores a sua decisão após o triunfo (1-0) sobre o Arouca, que deixou a equipa a um passo da permanência na Liga de Honra.
«Apresentei a demissão do cargo. Sempre disse que queria ser julgado pelos resultados, mas as condições de trabalho são manifestamente poucas. É um pequeno milagre o Atlético estar perto da manutenção. Amanhã (segunda-feira) irei falar com o presidente novamente», disse João de Deus, dando a entender que a decisão era irredutível.
Almeida Antunes reconhece que o trabalho de João de Deus é «fantástico» e concorda com o treinador: «Estarmos a três pontos dos lugares de subida é um autêntico milagre».
«Temos jogadores cedidos pelo Vitória de Guimarães, Benfica, Sporting e alguns vindos da nossa formação. O trabalho feito até agora é fantástico. Amanhã vou falar novamente com ele e tentar demovê-lo da decisão. Pedi-lhe para pensar e isso não quer dizer que não possamos chegar a um entendimento», afirmou Almeida Antunes.
O dirigente reconhece que as condições de trabalho do Atlético são precárias e aponta do dedo à Câmara Municipal de Lisboa, que «nunca mais desbloqueia as verbas para que se possam iniciar as obras no Estádio da Tapadinha».
«Andamos há muito com a casa às costas. Temos as condições que podemos ter neste momento. Ainda não iniciamos as obras porque não temos o dinheiro para isso», concluiu.
João de Deus e Almeida Antunes reúnem-se na segunda-feira por volta das 12h00, devendo haver um desenlace que liberte o treinador.
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