Os futebolistas profissionais da Naval solicitaram hoje, pela segunda vez, o acionamento do Fundo de Garantia Salarial (FGS), devido aos cinco meses de salário não liquidados pelo clube da II Liga.
No final do treino de hoje, os jogadores encontraram-se com elementos do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol para assinarem toda a documentação para solicitar o fundo.
Refira-se que os profissionais do clube da Figueira da Foz receberam recentemente o equivalente a três meses de FGS, todavia, o período de salários em atraso é agora de cinco meses.
A grave crise financeira que afeta a SAD do clube figueirense contribuiu decisivamente para a renúncia de Álvaro Magalhães ao comando técnico da equipa, anunciada quarta-feira no final do encontro com o Freamunde (2-2), da 40.ª jornada da II Liga.
O administrador-executivo da Naval Futebol SAD, Mário Paiva, anunciou recentemente a entrada de um novo investidor adquirente de 15% do capital social da sociedade desportiva, contudo os acontecimentos mais recentes evidenciam maior agravamento das dificuldades financeiras.
A Naval garantiu quarta-feira a manutenção no campeonato da II Liga, porém, esta situação poderá vir a ser alterada com nova punição de subtração de dois a cinco pontos devido ao não cumprimento dos pressupostos exigíveis pelo controlo financeiro executado pela LPFP em 15 de Abril.
O jogo realizado ontem na Figueira da Foz esteve em risco, iniciando-se com dez minutos de atraso devido à falta de documento comprovativo da liquidação do seguro que cobre a atividade dos jogadores.
Em causa está ainda uma dívida de cerca de 480 mil euros aos clubes Curitiba e Palmeiras, divida que ditou já a subtração de 12 pontos, por exigência da FIFA, e que pode ter ainda outras penalizações subsequentes.
Um quadro negro em termos de futuro que se apresenta num clube que comemorou no primeiro dia deste mês de maio 120 anos.
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