Manutenção e trabalho com a “prata da casa” são as prioridades do CD Trofense, da Liga de Honra de futebol, segundo o líder da Comissão Administrativa, José Leitão, que tomou posse hoje, após Assembleia-Geral (AG).

Com a saída de Rui Silva da liderança do emblema trofense e sem o aparecimento de nenhuma lista disposta a ir a votos, José Leitão, Paulo Melro e Pedro Silva, antigos dirigentes do clube e trofenses ligados à direcção do antigo presidente, decidiram arrancar com a composição de uma Comissão Administrativa para que um eventual vazio directivo não pusesse em causa o arranque da próxima época.

Em declarações à agência Lusa, José Leitão disse quais serão as prioridades e traçou a manutenção como meta, garantindo que vai dar primazia à “prata da casa” e começar com um «orçamento muito mais baixo que os anteriores».

O dirigente disse: «Na hora da verdade, a Trofa e os trofenses vão ajudar. A minha situação, em comparação com a do Rui Silva, é diferente. Não sou um pedinte, mas não tenho as condições dele para ajudar o clube. Vou pedir auxílio a quem puder ajudar e estou confiante. Aceitei o convite porque Rui Silva convidou-me e se há pessoa na Trofa a quem não podia dizer que não é ao Rui Silva».

José Leitão mostrou-se consciente das dificuldades, mas também esperançado: «Calhou-me a fava, mas estou com fé de que a fava passe a brinde. As nossas aspirações são as melhores. Ninguém é favorito. O Trofense vai começar como as outras equipas, a apostar na manutenção».

Questionado sobre se está preocupado com o facto do Trofense ainda não ter plantel definido, quando a maioria das equipas do mesmo campeonato já iniciaram os trabalhos, o novo líder dos trofenses não mostrou preocupação.

«Não somos candidatos à Taça da Liga. O nosso campeonato é a Liga de Honra e, quando lá chegarmos, havemos de estar preparados. Vamos jogar contra o Penafiel, que é o primeiro clube que encontramos no campeonato, de igual para igual», disse.

Actualmente, o Trofense tem 13 jogadores com contrato. Falta definir a equipa técnica – uma vez que, com a saída de Rui Silva, o treinador Porfírio Amorim anunciou a sua rescisão amigável – e contratar reforços.

«É verdade que o tempo urge, mas o plantel não será muito vasto, porque o orçamento vai ser menor. No mínimo vamos ter 21/22 jogadores. Mais não é preciso», disse.

Quanto ao treinador, José Leitão coloca a hipótese de promover um dos «homens da casa». Na calha estão os nomes de Vítor Oliveira, que foi treinador-adjunto na era Porfírio Amorím, tendo sido guardião do clube na época em que o Trofense subiu ao campeonato profissional pela primeira vez (2007/08), e de José António, antigo preparador físico.