O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, disse hoje que fará todos os esforços para encontrar os responsáveis pelos incidentes de hoje entre adeptos dos vimaranenses e do Sporting de Braga, em jogo da II Liga de futebol
O jogo entre as equipas B dos clubes minhotos, da 29.ª jornada do segundo escalão, foi interrompido aos oito minutos, e posteriormente suspenso pelo árbitro portuense Hugo Pacheco, devido a atos de violência entre seguidores das duas formações.
Em conferência de imprensa, Júlio Mendes, ladeado pelos vice-presidentes Francisco Príncipe, Armando Marques e Hugo Freitas, adiantou que fará todos os esforços para encontrar os responsáveis pelos acontecimentos da tarde de hoje.
«Vou apurar a responsabilidade até aos limites das minhas capacidades. Tanto quanto possível, irei responsabilizar os que protagonizaram o que de lamentável hoje aconteceu no nosso estádio, sejam eles da empresa de segurança, dos profissionais da segurança, da equipa de organização do jogo, dos adeptos do clube visitante ou do nosso clube», garantiu.
O responsável do Vitória de Guimarães avançou ainda que não permitirá mais nenhuma situação como a de hoje no Estádio D. Afonso Henriques.
«Tivemos uma situação muito grave que não voltará a repetir-se nunca mais enquanto eu for presidente deste clube», prometeu, avançando que os atos de violência ocorridos em Guimarães põem em causa «a cidade» e o «trabalho para dignificar» um clube «com 90 anos de história».
A direção vitoriana não convocou policiamento para esta partida entre as equipas B dos "rivais do Minho". O dirigente vitoriano afirmou que a direção vitoriana tomou esta decisão, após ter equacionado todos os fatores.
«Entendemos, a exemplo do que já aconteceu noutros jogos neste estádio, que poderíamos garantir a segurança dentro do estádio, com o jogo a decorrer de forma normal e, por uma questão de dignidade, honra e princípio, decidimos não abdicar dessa posição, pois tivemos a coragem de dar o primeiro passo nesta matéria», disse.
Júlio Mendes reconheceu, contudo, que os acontecimentos verificados não foram normais: «Algo de anormal se passou dentro deste estádio, e para isso ter acontecido, algo que não é normal foi despoletado».
«Embora com ou sem policiamento possa acontecer de tudo, 150 adeptos de uma equipa visitante a uma distância enorme não podem originar o que de anormal e inesperado aconteceu aqui hoje», afirmou.
O presidente do clube de Guimarães referiu ainda que existirá «um facto anormal» por detrás dos acontecimentos ocorridos no estádio D. Afonso Henriques.
«Os responsáveis existem, porque os factos existem e tudo farei para saber quem serão esses responsáveis e os punir, sejam eles brancos, pretos, amarelos, vermelhos ou cor-de-rosa», afiançou.