Jorge Moreira, colaborador do Leixões na área do futebol de formação e líder da claque Máfia Vermelha, disse hoje à agência Lusa admitir retirar a candidatura caso surja uma lista de consenso à presidência do clube.

Primeiro candidato assumido às eleições do clube que milita na II Liga de futebol, após a demissão dos órgãos sociais na assembleia geral de 30 de outubro, o responsável pela Escola de Futebol João Faneco disse "decorrerem há três semanas negociações para a constituição de uma lista de consenso".

"Tem havido alguns avanços e recuos, mas até ao final desta semana haverá fumo branco", acrescentou o candidato, professor de Geografia em Castelo da Maia, na Maia.

Defensor de uma estrutura profissional para o clube, Jorge Moreira vê essa realidade possível a curto prazo no Leixões, defendendo que para tal "basta resolver os dois dossiês prioritários".

"O Leixões tem dossiês que são prioritários: a renegociação do PER - Processo Especial de Revitalização, para a viabilidade do projeto do Leixões, e o acordo com a Repsol [para a exploração de um posto de combustível em Matosinhos]. Se o clube quer de uma forma gradual e sustentada crescer tem de ter uma estrutura montada. No século XXI não se pode viver da carolice. Só pagando podemos responsabilizar", assinalou o candidato.

Garantindo, caso a sua candidatura chegue à eleição agendada para 07 de dezembro, abdicar das três funções que exerce atualmente para tornar-se num presidente a tempo inteiro, Jorge Moreira reiterou que o "Leixões, se for gerido de uma forma rigorosa e competente, tem todas as condições para ser profissionalizado".

"Temos de encontrar um clima de estabilidade, paz e harmonia entre o clube e a SAD para o Leixões poder crescer de forma sustentada. Não é um tema pacífico, mas queremos unir e agregar em vez de desunir", expressou o candidato.