O Praiense perdeu hoje a oportunidade de fazer história com a subida direta à II Liga de futebol, ao perder fora com o Farense (3-1), mas qualificou-se para o ‘play-off', que o capitão de equipa considerou como "duas finais".
"Isto não vai mexer connosco. Sabíamos de antemão que poderíamos ter festejado na semana passada, mas, devido a diversas situações de que não vale a pena falar, não conseguimos. A equipa está preparada para lutar no ‘play-off', para mais duas finais", disse João Peixoto, no final da partida.
A equipa açoriana chegou à capital algarvia como líder da zona Sul da fase de subida do Campeonato de Portugal, mas desperdiçou a segunda oportunidade consecutiva de chegar à II Liga, depois da derrota caseira da jornada anterior com o Fátima (1-0), e ficou no segundo lugar, sendo ultrapassada pelo Real Massamá.
No jogo de hoje, o Praiense, apoiado por cerca de quatro dezenas de adeptos, equilibrou a partida no quarto de hora inicial, mas acusou bastante um golo de Nuno Silva, aos 16 minutos, permitindo que os algarvios aumentassem a vantagem num curto espaço de tempo.
Tavinho (27) e André Vieira (30) marcaram mais dois golos e até deixaram o Farense a sonhar com a possibilidade de chegar ao ‘play-off', situação que seria anulada pela vitória do Real Massamá sobre o Sacavenense (2-1).
"O Farense entrou muito forte no jogo e, depois dos dois primeiros golos, a equipa acusou em demasia a semana de trabalho difícil que nós tivemos. Não foi neste jogo que perdemos a oportunidade de subir, foi no domingo passado", disse o treinador do Praiense, Francisco Agatão.
Na segunda parte, o Praiense reduziu a diferença, por Filipe Andrade (58 minutos), mas nunca conseguiu colocar a vitória do Farense em perigo, acabando o jogo com um sentimento de "frustração", mas também de "dever cumprido", de acordo com o técnico.
"Sentimos revolta e impotência, por nos terem sonegado a possibilidade de termos festejado na jornada anterior. Conseguimos a melhor época do Praiense em 70 anos de história. Queríamos e merecíamos muito mais, mas alguém nos sonegou essa oportunidade", sublinhou.
O treinador dos açorianos aludiu à atuação da equipa de arbitragem na partida anterior, devido "a um golo anulado" e ao facto de o guarda-redes do Fátima não ter sido expulso por ter alegadamente tocado a bola com a mão fora da área.
Francisco Agatão assegurou que a equipa "vai fazer das fraquezas forças" para lugar pela subida mas considerou que o ‘play-off' contra uma equipa de escalão superior é "uma inverdade desportiva".
"Não é possível andar a lutar pela subida num escalão uma época inteira e depois ainda termos de disputar a subida contra uma equipa de escalão superior, de uma liga profissional. À partida, as nossas possibilidades serão muito menores", frisou.
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