De acordo com os dirigentes academistas, o jornalista, que estava a cobrir o jogo para o órgão de comunicação social da Universidade de Coimbra, foi abordado ao intervalo pelos vice-presidentes do clube vimaranense, Armando Marques e Hugo Freitas, após alegados insultos à cidade de Guimarães durante o relato do jogo - terminou com um 2-1 favorável aos vimaranenses -, e depois identificado por um elemento da PSP, antes de ter saído da zona de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques.

O dirigente do emblema de Coimbra considerou "extremamente lamentável" a expulsão de um "órgão de comunicação social, pertencente a uma instituição quase milenar" de um "estádio onde estava a fazer o seu trabalho" e reiterou que nenhum órgão de comunicação "pode ser censurado".

"Onde isso não acontece deve ser assegurado. A liberdade de expressão é uma conquista. A diferença tem de ser tolerada e não expulsa. Eu peço que a entidade que superintende a comunicação social averigue este caso", disse, no final do jogo da 19.ª jornada do segundo escalão.

O responsável máximo dos 'estudantes' mencionou ainda a "carga policial" sofrida pelos adeptos presentes em Guimarães nos minutos finais do jogo, após a reviravolta dos vimaranenses, sublinhando que a PSP deve "averiguar o que aconteceu" e que quem gere o futebol "tem de pugnar pelos espetáculos".

O técnico da Académica, Costinha, também falou na situação vivida pelos adeptos conimbricenses, tendo-se mostrado "triste" por ver o capitão de equipa (Marinho) "preocupado" em saber se os filhos "não estavam na bancada a levar bastonadas", e criticou ainda a arbitragem de Pedro Vilaça.

"Nunca critiquei a arbitragem, mas hoje o resultado final é Pedro Vilaça, 2 - Académica, 1. Inexplicavelmente, o jogo virou, como se a Académica fosse uma equipa arruaceira. O estádio ficou incendiado por uma equipa de arbitragem muito fraca", frisou.