O Leixões, da II Liga de futebol, recomendou hoje "serenidade" aos adeptos, num comunicado que decorre das detenções de que foram alvo no sábado o presidente da SAD e diretor desportivo do clube. "Este é um momento de união e de dedicação de cada um de nós a este grande clube", lê-se na nota assinada pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, Manuel Leão Tavares, na sequência das detenções de Carlos Oliveira e de Nuno Silva.

O líder da SAD e o diretor para o futebol foram detidos pela Polícia Judiciária no âmbito de uma investigação em torno da viciação de resultados desportivos e estão em Lisboa para depor perante o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal. "O momento tem de ser de serenidade, a família leixonense já passou por muitas tormentas e sempre soube levar a nau a bom porto", lê-se na nota dirigida aos adeptos e associados do clube num final de época que "gerou sentimentos contraditórios, a enorme alegria pela manutenção (...) na II Liga e a enorme tristeza pela suspeição gerada em torno dos resultados obtidos".

Sem nunca mencionar a situação acontecida no final do jogo de domingo em Oliveira de Azeméis, Manuel Tavares Leão lembra que "a averiguação da verdade e dos factos ocorridos irá decorrer nos órgãos e prazos competentes". "Esta instituição centenária merece respeito e não tenho dúvidas de que juntos envidaremos todos os esforços para demonstrar que o que conquistámos dentro do campo foi justo e merecido", continua o comunicado, prometendo o responsável que "assim que existir informação relevante e fidedigna será dado conhecimento da mesma através dos canais habituais".

O dirigente do emblema de Matosinhos termina lembrando que o nome e história do Leixões devem constituir um "orgulho" para todos.

O Leixões derrotou a Oliveirense, na 46.ª e última jornada da II Liga, por 2-1, desfecho que lhe valeu a manutenção, terminando no 18.º lugar com 55 pontos.