O presidente da SAD de futebol do Leixões, Carlos Oliveira, afirmou esta segunda-feira que «a manutenção da equipa em competição na próxima época será a forma mais fácil de se conseguirem apoios para pagar os atrasos que se verificam».

Em resposta às acusações feitas pelo ex-massagista do Leixões, Afonso Sousa, que apelidam o dirigente leixonense de «carrasco» e que o colocam na posição de principal responsável por «afundar o clube», Carlos Oliveira afirmou, em comunicado, que «os mais de oito anos em funções na SAD do Leixões, sem qualquer retribuição» contrariam todas as acusações.

«Os mais de oito anos em funções como elemento da administração da Leixões Sport Club Futebol SAD, sem qualquer retribuição, com grande sacrifício da minha vida pessoal e profissional e a colocação de bastante dinheiro meu na SAD (situação que ainda hoje ocorre), bem como todo o esforço que está a ser feito para inscrever a equipa para a próxima época, desmontam a tese de que quero `deixar cair o futebol profissional´ do clube», afirmou.

O presidente explicou ainda que não houve qualquer discriminação com Afonso Sousa, uma vez que, «no período em que não lhe foram pagas as prestações por falta de meios, também não foi possível pagar a qualquer outro colaborador».

Carlos Oliveira acusou ainda Afonso Sousa de fazer «exigências ilegítimas e imorais», ao pedir que parte das prestações acordadas com o clube para pagamento da dívida fossem garantidas por cheques pessoais do presidente.

«Quanto às acusações de silêncio da nossa parte, convém frisar que, desde há mais de um mês, quer através da dona Sílvia Carvalho, também administradora desta SAD, quer através dos nossos advogados, têm sido encetadas negociações com o Afonso ou com o seu advogado, nas quais lhe foi oferecido o pagamento integral das prestações vencidas e prometido o esforço no sentido de se manter no futuro o cumprimento das restantes prestações mensais. Tais negociações goraram-se devido à exigência ilegítima e imoral por parte do Afonso de que as prestações a vencer fossem garantidas por cheques pessoais do presidente da SAD, que, como é óbvio, não tem responsabilidades pessoais nesta matéria», esclareceu ainda.

O presidente da SAD confirmou ainda que «o pedido de insolvência da SAD não impede a inscrição da equipa», no entanto «a qualquer momento, a insolvência pode ser decretada, o que, a acontecer, de imediato impede a participação do Leixões em qualquer prova profissional».