Freamunde recusa o rótulo de “jogador violento”.“O primeiro cartão amarelo no jogo da Taça (vitória por 3-0 frente ao Carregado) não foi muito correcto, já que não tive intenção de jogar a bola com a mão”, disse Romaric à Agência Lusa.
A primeira expulsão da época, igualmente por acumulação de cartões amarelos, aconteceu na Covilhã, na segunda ronda da Liga de Honra, um campeonato novo para o marfinense, há apenas três anos em Portugal.
“Cheguei a Portugal por intermédio de um ‘olheiro’, que me viu jogar na Taça de África em sub-20, e ingressei no Chaves, mas uma fractura na perna esquerda, na última época, fez-me parar um ano inteiro”, disse o atleta, de 21 anos.
Romaric está “agradecido a Deus” por tudo o que lhe tem acontecido, nomeadamente ter conseguido deixar para trás o frio transmontano, isto numa altura em que começa a vencer a barreira linguística e elogia os companheiros em Freamunde, equipa em que é titular e costuma jogar a tempo inteiro.
“Fui muito bem recebido pelos colegas, uma espécie de ‘pai branco’ para mim, e estou muito contente por estar neste clube. Temos uma boa equipa, podemos chegar longe e é preciso trabalhar muito para conseguir jogar”, sublinhou, reconhecendo sentir-se “mais à vontade” a central do que no meio-campo, onde também já foi utilizado.
Romaric tem mais um ano de contrato com a formação nortenha, mas não esconde o desejo de “chegar a um grande clube” e regressar à selecção da Costa do Marfim, ao serviço da qual chegou a “capitão” das selecções de sub-16, sub-20 e sub-21, mas, por agora, preocupa-o mais marcar passagem e participar no funeral do pai, falecido quarta-feira.
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