O documento, submetido aos sócios pela Comissão Executiva dos "encarnados" de Ponta Delgada, aponta para uma receita global da ordem dos 3,2 milhões de euros, estimando a despesa em 2,8 milhões.

Parte substancial das receitas (cerca de 2,6 milhões de euros) será assegurada por subsídios públicos, figurando entre os maiores encargos os gastos com os jogadores e treinadores, deslocações e serviço da dívida (400 mil euros).

Segundo declarou à Agência Lusa o presidente da Comissão Executiva, Óscar Rocha, o orçamento do Santa Clara para 2010/2011 caracteriza-se pela “transparência e rigor”, tentando compatibilizar a necessidade de “contenção nos gastos” com a importância de “proporcionar condições” a um bom desempenho da equipa de futebol.

Segundo sublinhou, para os dirigentes do clube, uma “boa prestação” na próxima época da Liga de Honra será “andar nos lugares da frente e, no fim do campeonato, discutir taco a taco”.

Na reunião de sócios, Cruz Marques, que se demitiu recentemente de presidente do Santa Clara, originando a nomeação de uma Comissão Executiva para dirigir o clube até novas eleições, explicou as razões que estiveram na base do seu afastamento.

Segundo referiu, na base da sua decisão esteve um processo de natureza laboral movido ao clube por um seu filho.
Cruz Marques garantiu que no decorrer do processo sempre se preocupou em “separar as águas”, tendo o tempo todo defendido os interesses do Santa Clara.

Mas “houve manifesta intenção de conduzir os acontecimentos para um objectivo determinado [o da sua demissão]”, afirmou, no que foi contestado por alguns dos membros da actual Comissão Executiva, antigos colegas na Direcção.