O Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) acusou hoje o Beira-Mar, da II Liga, da prática de “habilidades jurídicas” ao requerer um novo Plano Especial de Revitalização (PER), cinco meses depois do primeiro, “que já está em incumprimento”.

Em comunicado, o SJPF diz que a SAD do Beira-Mar viu aprovado e homologado um primeiro PER a 16 de junho, que previa um período de “três meses de carência e pagamento integral do capital em dívida, com perdão dos juros, no prazo máximo de cinco anos, em prestações trimestrais iguais e sucessivas aos jogadores”.

“Infelizmente, embora já esperado, o acordo proposto que permitiu a viabilização do plano (com o voto contra dos jogadores representados pelo SJPF) está desde já a ser incumprido”, refere a nota do organismo.

Além disso, segundo o sindicato, “o novo processo especial de revitalização surge cinco meses depois da aprovação e homologação do primeiro PER”.

“Não fosse já esta situação bastante grave, apresenta-se agora a Sport Clube Beira-Mar, Futebol SAD novamente como estando em situação económica difícil, ou em situação de insolvência meramente iminente, requerendo a aprovação de novo PER”, lê-se no mesmo comunicado.

O SJPF responsabiliza o responsável pelo futebol dos aveirenses, Cláudio Célio Cunha Defensore, conhecido como “Kal Baiano”, repudiando “estas habilidades jurídicas”. “Para onde caminha o futebol quando os investidores que era suposto resolverem os problemas, os agravam?”, questiona.