O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) disse hoje estar a par do incumprimento no Atlético, da II Liga, e salientou que a falta de liquidez não pode servir de desculpa à entrada de investidores.

"Os clubes que permitem a entrada destes investidores têm de ter maior cuidado, no sentido de saber quem são estas pessoas, qual a idoneidade, as responsabilidades financeiras, o seu currículo. A falta de liquidez no futebol português não pode servir de desculpa para tudo", referiu Joaquim Evangelista, em declarações à agência Lusa.

O responsável do SJPF lembrou que, à semelhança do que acontece no Atlético, com um investidor chinês, o mesmo aconteceu no Beira-Mar, com um investidor iraniano, no CD Fátima, com um brasileiro, e no Olhanense, com um italiano, entre outros. "Estes fenómenos começam a ser recorrentes no futebol português", salientou Evangelista.

Em relação à situação concreta do Atlético, da II Liga, que ainda não terá liquidado salários desde o início da temporada, o presidente do SJPF reconheceu que a situação tem causado "uma grande instabilidade, uma insegurança e, sobretudo, constrangimentos", que foram denunciados.

"Temos procurado dar aos jogadores as condições necessárias para fazerem a vida normal e junto do clube procurar perceber porque é que o pagamento atempado da remuneração não está a ser feito", acrescentou.

Os jogadores do Atlético, segundo Evangelista, ainda não recorreram ao fundo de garantia salarial, na medida em que "há uma expetativa do grupo no sentido de se perceber o que vai acontecer" e quando se está ainda no início da época.

"O clube é liderado por um grupo de chineses, que de facto têm uma cultura diferente e que do ponto de vista do relacionamento não é normal, temos procurado fazer um esforço para perceber o que se passa e encontrar uma solução consensual porque estamos no início do campeonato", reconheceu.

Evangelista referiu também que "é inaceitável" para o futebol português que o Atlético seja notícia não só pelo incumprimento salarial, mas também pelo seu nome estar associado a manipulação de resultados, o que foi desmentido pelo acionista maioritário Bruce Ji.

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