Os sócios do Académico de Viseu aprovaram na quinta-feira a criação de uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD), para o futebol profissional, durante uma assembleia geral na qual a direção comunicou um prejuízo de 250 mil euros.

Na reunião magna o presidente academista, António Albino, adiantou que cerca de 100 mil euros são de valores devidos pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional pela participação nas diversas competições.

Para a nova época, e com um orçamento previsto de mais de um milhão de euros, António Albino informou que o clube tem apenas garantidos os 300 mil euros de direitos das transmissões televisivas.

Perante os números e depois de garantir que o Académico de Viseu nada deve ao fisco e à Segurança Social, apontou o caminho da SAD como "o único possível para o clube ter um projeto vencedor", garantindo que "há vários investidores que acreditam que o Académico de Viseu é hoje em dia um clube credível e com capacidade para chegar e se manter na I Liga".

Dos quase mil sócios, meia centena marcou presença na assembleia, acabando por aprovar a passagem do futebol profissional de uma sociedade por quotas (SDUQ) para uma SAD.

A experiência negativa no passado recente do clube motivou alguma apreensão dos sócios, mas, embora ainda não esteja definido o modelo, os dirigentes academistas garantiram que será salvaguardada a posição do clube em questões que possam hipotecar o futuro do Académico de Viseu.

A passagem a SAD era uma das condições que António Albino colocava para se recandidatar a mais dois anos de mandato, nas eleições que vão decorrer hoje, e nas quais encabeça a única lista a sufrágio.

O presidente academista reclama ainda obras de beneficiação no Estádio Municipal do Fontelo, que a autarquia já se terá comprometido em fazer e que garantam melhores condições de conforto aos espectadores, como a cobertura de uma das bancadas.