O Sporting da Covilhã, clube da Liga de Honra de futebol, não conseguiu junto da banca o empréstimo de 75 mil euros correspondente a metade do apoio camarário para esta época.
«Tentámos nos bancos todos, ninguém emprestou», disse à agência Lusa José Serra Duarte, diretor financeiro do clube, que tinha o final de dezembro como prazo para contrair o empréstimo, de forma a evitar que esta modalidade do subsídio fosse cancelada.
O dirigente serrano diz que o Sporting da Covilhã fica numa situação difícil e espera que a edilidade reconsidere.
«Era importante que a Câmara reapreciasse o problema e o reavaliasse à luz da situação do país e das circunstâncias atuais da banca», frisa Serra Duarte.
Na última temporada a autarquia anunciou um apoio de 180 mil euros, metade em prestações mensais e os restantes 90 mil obtidos através de um empréstimo bancário que a edilidade pagaria, tendo o clube de suportar os juros. Contudo, o Sporting da Covilhã não conseguiu o aval de nenhum banco e metade da verba ficou sem efeito.
Para esta época, a verba é de 150 mil euros, metade nos mesmos moldes, e em novembro o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Carlos Pinto, avisou que o emblema serrano tinha até ao fim do ano para assegurar os 75 mil euros, porque essa possibilidade «não pode constar no orçamento» da autarquia «eternamente».
O diretor financeiro diz que a única hipótese colocada pela banca seria o recurso a garantias particulares dos dirigentes.
O orçamento do clube para esta época era inicialmente de 750 mil euros, mas o valor real será muito inferior. Serra Duarte diz que a direção, confrontada com uma entrada de verbas menor que o protocolado, tem vindo a reduzir várias despesas.
Uma das medidas, sublinha, poderá passar pela dispensa de jogadores com salário mais elevado.
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