O Vizela frisou que, desde o início, esteve convencido que a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), que hoje confirmou a subida do Arouca e dos vizelenses à II Liga de futebol, lhe ia ser favorável.

"Desde o início que estávamos convencidos de que a decisão nos ia ser favorável. Fizeram passar uma imagem de incompetência da Federação Portuguesa de Futebol [FPF] e da própria Liga, mas ficou provado que a decisão tomada [pela FPF] foi em conformidade com a lei", afirmou o presidente da SAD minhota, Diogo Godinho, à agência Lusa.

A confirmação surgiu depois de o TAD negar provimento ao recurso do Olhanense, de acordo com o acórdão a que a Lusa teve acesso.

A formação algarvia, que liderava a Série D do Campeonato de Portugal, contestou a decisão da FPF de promover à II Liga Arouca e Vizela, as duas equipas com mais pontos no terceiro escalão, na sequência do cancelamento dos campeonatos devido à pandemia de covid-19.

Diogo Godinho disse ainda que a indefinição em torno do processo não condicionou a preparação da equipa, apesar de ter provocado uma "natural preocupação".

"Já tínhamos começado a preparar a época tendo em vista a participação na II Liga, até com obras, e não as íamos parar. A equipa já estava a treinar e a equipa técnica e os jogadores estiveram sempre alheios a este processo", disse.

Diogo Godinho elogiou ainda o TAD pela decisão antes do tempo máximo permitido, considerando que vai permitir agilizar o início da época, nomeadamente o sorteio das competições.

A decisão arbitral tomada hoje do processo interposto pelo Olhanense à FPF tinha como contrainteressados Vizela e Arouca, pela subida de divisão, mas também Fafe, Lusitânia Lourosa, Praiense, Benfica de Castelo Branco e Real Massamá, que estavam na luta pela promoção e, desta forma, vão voltar a disputar o terceiro escalão.

Este acórdão foi aprovado por maioria, tendo o árbitro presidente João Miranda votado vencido, por considerar que "as decisões adotadas pela direção da FPF em 14 de maio de 2020 contenderem, de modo flagrante, com os princípios da igualdade, da imparcialidade, da proporcionalidade e da proteção da confiança".

Quando a competição foi suspensa, em 12 de março, e depois dada por concluída, em 08 de abril, o Vizela liderava a Série A, com 60 pontos, e o Arouca era o primeiro da Série B, com 58, enquanto o Olhanense comandava a Série D, com os mesmos 57 do Real Massamá, e o Praiense liderava a Série C, com 53.

O Campeonato de Portugal é uma competição em duas fases. Na primeira, 72 clubes competem em quatro séries de 18 equipas. Os dois primeiros de cada série disputam, depois, um ‘play-off' para encontrar os dois a indicar à II Liga.

No entanto, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, a prova foi interrompida em março, quando faltavam disputar nove jornadas da primeira fase e todos os clubes se encontravam com o mesmo número de jogos.