A Selecção angolana de futebol, Palancas Negras, inseridos no grupo B do CHAN do Ruanda, perderam diante dos Camarões por 1-0, 4-2 frente ao Congo Democrático e venceram a Etiópia por 2-1 no terceiro e último desafio da primeira fase.

Após o fracasso na competição africana, que decorre de 16 de Janeiro a 7 de Fevereiro, os Palancas Negras, 105º no ranking da FIFA, regressam nesta quarta-feira ao país, cujo destino será o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda.

Na prova reservada para os jogadores dos campeonatos nacionais, os Palancas somaram três pontos, mas não convenceram, uma vez que os Camarões e o Congo Democrático já tinham conseguido o passaporte para os quartos-de-finais.

O facto desta competição não permitir somar pontos para o 'ranking' africano e da FIFA, e do dinheiro que se gastou nos tempos difíceis que o país atravessa, os angolanos mostram-se agastados com o fracasso dos seus compatriotas.

Por este motivo, os dirigentes da Federação Angolana de Futebol (FAF), estão a ser criticados constantemente, além dos erros de palmatória dos jogadores e equipa técnica que não estava em altura.

Contudo, os Palancas Negras regressam com a intenção de se prepararem melhor para competirem na próxima edição do CHAN, em 2018, mas antes terão de discutir o apuramento no próximo ano.

Em entrevista ao SAPO Desporto, o vice-presidente da Federação Angolana de Ju-Jitsu, Alex Menayeto, traçou um paralelo entre as modalidades individuais que trazem muitas medalhas e gastam pouco dinheiro em contraposição com o futebol, modalidade colectiva onde se gasta imenso dinheiro e se ganha pouco prestígio. O dirigente realçou ainda que o futebol angolano está ‘doente’ há muitos anos, mas elogiou a selecção de futebol adaptado pelo segundo lugar alcançado no Mundial de 2015 no México.

“Devemos admitir que o nosso futebol está péssimo, principalmente nos escalões seniores, onde os jogadores apresentam muitos problemas de base, desde a recessão a finalização. Por isso, devemos apostar mais na formação para minimizarmos os erros constantes”.

Com isso, o dirigente pediu também ao Ministério da Juventude e Desporto (MINJUD), para que dê mais prioridade às modalidades individuais, de modo a defender o bom nome de Angola nas competições internacionais.

Por fim, Alex Menayeto, em poucas palavras desabafou: “Nós das modalidades individuais, somos os que menos gastamos dinheiro e que mais conquistas trazemos ao país”.