Carla Couto, a futebolista portuguesa com mais internacionalizações, anunciou, esta quarta-feira, o fim da sua carreira ao serviço da seleção nacional, em carta enviada à Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Depois de mais de 18 anos e 145 jogos por Portugal (com 29 golos marcados), a internacional lusa, com 38 anos de idade, invocou motivos pessoais para a decisão.
A jogadora já representou o Trajouce, Clube Futebol Benfica e a Sociedade União 1.º Dezembro, além de uma passagem de três meses pelo futebol profissional chinês e uma pré-época passada em Londres, no Arsenal.
Depois de ter estado ao serviço da Lazio (Itália) durante a última época, Carla Couto prepara-se agora para representar a Academia Clube Milão, que à competição alia um projeto de desenvolvimento do futebol feminino em Portugal.
Na nota enviada à FPF, Carla Couto refere: «Foi com enorme orgulho que fiz parte de uma verdadeira família, que muitas barreiras quebrou, que, aos poucos, conquistou o seu espaço e mérito, a nível nacional e internacional e que percorreu um longo e árduo caminho sem nunca desistir».
Na sequência, Fernando Gomes reconheceu, em nota difundida na página oficial da federação que dirige, «a entrega, dedicação e disponibilidade» de Carla Couto.
«O seu comportamento desportivo e social merece os maiores elogios, pelo que o seu exemplo perdurará para sempre na `equipa das Quinas´», escreveu o dirigente federativo.
Da mesma forma, Mónica Jorge, diretora da FPF, enalteceu o seu percurso, que acompanhou sempre de perto: «É uma jogadora verdadeiramente mítica, com uma postura irrepreensível em campo, muito perseverante e sempre disposta a auxiliar as colegas. Sentiremos muito a sua ausência».
Por fim, António Violante, selecionador nacional de futebol feminino, referiu: «A sua falta na seleção nacional será sentida por todos, mas sei que o seu percurso e o seu contributo para o futebol feminino não ficarão por aqui».