Cristiano Ronaldo tornou-se esta terça-feira o mais jovem a atingir os 100 jogos pela principal seleção portuguesa de futebol e o terceiro a atingir a marca, juntando-se aos históricos Fernando Couto (110) e Figo (127).

Depois de Couto ser o primeiro, com 34 anos, dois meses e nove dias, a 22 de outubro de 2003, e de Figo o secundar, a 18 de fevereiro de 2004, com 31 anos, três meses e 14 dias, CR7, o terceiro, passa a partir de hoje a ser o mais novo centenário, com 27 anos, oito meses e 22 dias.

No Estádio do Dragão, o “capitão” da formação das “quinas” não acabou, porém, com grandes razões para festejar, após um empate com a Irlanda do Norte (1-1), que complica em muito as contas lusas na corrida ao Mundial de 2014, no Brasil.

Ainda assim, Cristiano Ronaldo tem agora 100 “redondos” jogos pela seleção lusa, menos de uma década após a estreia, a 20 de agosto de 2003, num particular disputado em Chaves, face ao Cazaquistão (1-0).

Então já jogador do Manchester United, Ronaldo, um “miúdo” de 18 anos, seis meses e 15 dias, foi lançado pelo brasileiro Luiz Felipe Scolari ao intervalo, substituindo Figo, que acabara de cumprir a sua 94.ª internacionalização “AA”.

Um “slalom” e um remate perigoso, a abrir a segunda parte, marcaram a sua primeira aparição na formação das “quinas”, que ganhou mais ou menos por acaso, com um golo nascido de um alívio do guarda-redes cazaque contra Simão.

Na altura, não seria fácil de prognosticar que esse miúdo se tornaria um dos melhores jogadores da história do futebol português e do Mundo, título ao qual concorre, ano após ano, com o “extraterrestre” Lionel Messi.

Pela seleção lusa, falta-lhe um título, que, curiosamente, esteve muito perto de conseguir menos de um ano após a estreia: jogou os 90 minutos, mas não impediu o triunfo da Grécia (1-0), em pleno Estádio da Luz, na final do Euro2004.

No Mundial de 2006 e no Europeu de 2012, Ronaldo voltou a “acariciar” títulos, mas Portugal cederia, então, nas “meias”, frente à França (0-1) e Espanha (0-0 após prolongamento e 2-4 no desempate por pontapés da marca da grande penalidade).

O número 7 luso não soma qualquer título, mas venceu mais de metade dos encontros que disputou com a camisola da seleção das “quinas”: 57 triunfos, 38 em jogos oficiais (disputou 68) e 19 em particulares (32).

Cristiano Ronaldo, que disputou 16 jogos em 2004 e 15 na época 2005/2006 – os seus máximos na seleção “AA” - contabiliza ainda 26 empates (20 em jogos oficiais e seis em particulares) e 17 derrotas (10+7).

Em matéria de golos, “CR7” também é, como nos jogos, o terceiro da hierarquia lusa, neste caso com 37 golos, contra 41 do “rei” Eusébio da Silva Ferreira e 47 de Pauleta.

Ronaldo estreou-se a marcar a 12 de junho de 2004, ao seu oitavo jogo, mas o seu tento, de cabeça, após um canto cobrado por Figo, de nada valeu: no Estádio do Dragão, no jogo inaugural do Euro2004, Portugal já perdia por 2-0 e caiu por 2-1.

Embora ainda não fosse, longe disso, a máquina de marcar golos em que, entretanto, se transformou, ao ponto de já ter conquistado por duas vezes a “Bota de Ouro”, o então “17” luso teve um grande ano de 2004, com um total de sete golos.

No final de 2007, e já com 53 jogos, Ronaldo somava 20 golos, mas nos anos seguintes, e em contra ciclo com o que foi conseguindo ao serviço de Manchester United e Real Madrid, caiu de produção de 2008 a 2010, com apenas cinco golos em três anos (26 jogos).

O agora “capitão” luso recuperou, entretanto, a veia goleadora e, com os sete golos de 2011 e os cinco que já contabiliza em 2012, está cada vez mais próximo de Eusébio e Pauleta, que, mantendo este ritmo, ultrapassará rapidamente, tal como Figo e Fernando Couto, em matéria de internacionalizações “AA”.