Fernando Gomes disse hoje, durante a entrega das insígnias da FIFA a 29 árbitros internacionais, que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) quer ser “um parceiro ativo” da FIFA na introdução das novas tecnologias do futebol.

«Estamos atentos às primeiras experiências que a FIFA autorizou nesse campo e manifesto a nossa disponibilidade para reforçar as tecnologias para que os árbitros possam desempenhar cada vez melhor as suas funções», disse o presidente da FPF, durante a cerimónia da entrega das insígnias da FIFA a 29 árbitros internacionais de futebol, futsal e futebol de praia.

Na sua intervenção, realçou o «marco histórico» para a arbitragem portuguesa alcançado em 2012 com a presença de Pedro Proença e seus pares nas finais do Europeu e da Liga dos Campeões e o “bom começo” que regista em 2013, com «o aumento do número de insígnias da FIFA entregues a árbitros nacionais, com destaque para o setor feminino».

Reiterou os compromissos com a verdade desportiva, a credibilização da arbitragem e da justiça desportiva, que constavam do seu programa de candidatura, e destacou «o trabalho de fundo» que está a realizar para «captar uma nova geração de valores no espaço de uma década».

Já o presidente do Conselho de Arbitragem, Vítor Pereira, aproveitou a ocasião para anunciar a criação da Academia da Arbitragem para o início do mês de abril, que «não funcionará como um gabinete fechado na sede da FPF, mas como um órgão da Comissão de Arbitragem».

«Será um órgão aberto e disponível para dotar a FPF e a arbitragem, da base ao topo, de uma oferta de formatura itinerante e abrangente de qualidade», disse Vítor Pereira, que recebeu o «incentivo» de Fernando Gomes para «prosseguir o seu trabalho, muitas vezes incompreendido».

Entre os novos árbitros internacionais, destaque para o lisboeta Hugo Miguel e o madeirense Marco Ferreira, a quem foram entregues hoje as insígnias da FIFA, ocupando as vagas abertas pelos colegas João Ferreira, que perdeu esse estatuto por ter atingido o limite de idade, e Bruno Paixão, por má classificação em dois anos consecutivos.

Para Hugo Miguel, a receção das insígnias significa «um aumento da responsabilidade», pela obrigatoriedade em dignificar a arbitragem nacional no estrangeiro, enquanto para Marco Ferreira tal distinção se traduz «na mesma responsabilidade» e apenas «em maior visibilidade».

Da lista de 29 árbitros de futebol, futsal e futebol de praia, que receberam as insígnias da FIFA, constam nove da primeira categoria: Pedro Proença, Olegário Benquerença, Jorge Sousa, Duarte Gomes, João Capela, Artur Soares Dias, Carlos Xistra, Hugo Miguel e Marco Ferreira.