Vários adeptos da Bósnia-Herzegovina receberam segunda-feira à noite a selecção de Portugal no aeroporto de Sarajevo em ambiente de hostilidade, insultando e cuspindo elementos da delegação lusa.
"Estavam 100/150 pessoas no aeroporto para receber a selecção e entre eles meia dúzia, não mais do que isso, estava mais excitada, e gritaram algumas palavras não muito simpáticas", contou à agência Lusa o coronel António Oliveira.
No seu entender, o que se passou no aeroporto de Sarajevo não foi "assim tão extraordinário", sendo até "'normal' numa situação de competição com equipas diferentes".
"Na minha opinião, tudo isto faz parte de um jogo psicológico na tentativa eventualmente de condicionar os nossos jogadores, não mais do que isso", salientou.
De acordo com o coronel António Oliveira, alguns militares da GNR integrados nas Forças da União Europeia (EUFOR) de serviço na Bósnia estiveram no aeroporto para receber a selecção.
"Os militares não se ofereceram para fazer nenhum cordão de segurança à comitiva portuguesa, estiveram no aeroporto apenas para dar as boas-vindas à selecção, como é nossa obrigação", frisou.
A Bósnia "é um país soberano, tem as suas forças de segurança, sendo a missão dos militares portugueses a de dar apoio em caso de necessidade e se forem requisitados pelas autoridades", disse.
O coronel Oliveira referiu ainda que "alguns elementos da Guarda deverão estar presentes no treino de hoje de manhã da selecção".
Após os incidentes no aeroporto, a selecção portuguesa viajou para Zenica, a cerca de 80 quilómetros de Sarajevo, onde ficará alojada até quarta-feira, dia em que Portugal joga a segunda mão do "play-off" de acesso à fase final do Campeonato do Mundo de futebol.
Na primeira mão, disputada sábado, no estádio da Luz, Portugal venceu a Bósnia-Herzegovina por 1-0.
Os incidentes à chegada da selecção de Portugal à Bósnia vão levar a Federação Portuguesa de Futebol a formalizar um protesto por escrito à FIFA, a apresentar na reunião técnica anterior ao jogo com a Bósnia-Herzegovina.
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