"Nós temos toda a confiança e estamos absolutamente crentes. A nossa situação não é fácil. Temos algumas culpas no cartório naquilo que aconteceu, mas a porta do céu está aberta e compete-nos a nós, sabendo que existe esta oportunidade, que está à nossa frente e é perfeitamente alcançável pela equipa portuguesa, lutar com energia e convicção", disse hoje Queiroz, antes de se reunir com a equipa técnica da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), em Rio Maior.

A selecção lusa recebe a Hungria, a 10 de Outubro, no Estádio da Luz, em Lisboa, e Malta, a 14, no D. Afonso Henriques, em Guimarães, necessitando de duas vitórias e de um deslize sueco para poder chegar ao segundo lugar do Grupo 1 de qualificação para o Mundial2010.

"Como tenho dito, esta é uma grande maratona e as contas fazem-se no final. Está tudo apertado, todos têm perdido pontos para todos. Nós agora temos os nossos dois jogos em casa e compete-nos agarrar estes seis pontos e no final estarmos bem posicionados", frisou Queiroz.

Questionado sobre a próxima convocatória da selecção AA, para ps decisivos encontros do Grupo 1 de qualificação para o Mundial2010, o técnico rejeitou a ideia de a equipa nacional seja um balão de ensaio.

"A selecção AA não é um espaço de experiências, é um espaço de produção de resultados", frisou Queiroz, admitindo algumas "culpas" na "intoxicação da opinião pública" por não explicar os motivos da utilização de jogadores menos internacionais nos jogos particulares.

Para Queiroz, é "preciso trabalhar, é preciso dar oportunidades a que os jogadores ganhem experiência", apontando como palco privilegiado os jogos de preparação.

"Se forem analisados os critérios da equipa nos jogos oficiais, quando jogou para os três pontos, vê-se que no 'core' da equipa foram utilizados 18 jogadores. (...) Por exemplo, a Itália tinha um critério, até ao ano passado, segundio o qual não utilizava em jogos particulares jogadores já estabilizados na equipa AA ou titulares do Inter ou do AC Milan, para proporcionar esta experiência, que também é precisa. Não é só qualidade", justificou.

Nesse sentido, Queiroz exemplifica o impulso dado pela selecção BB a vários jogadores portugueses.

"Em boa hora o fizemos. Nos jogos dos 'BB' que fizemos, trouxemos o Fábio Coentrão, o Varela, o Eliseu, o Yazalde, o Manuel da Costa, o Manuel Fernandes e o Beto para cima. Se virem o número de transferências internacionais que daí resultaram, por coincidência dirão os cépticos, foi bom ter jogado por esta selecção", referiu.