A seleção portuguesa de futebol realiza quinta-feira, no Estádio da Luz, em Lisboa, o derradeiro teste para o Mundial2018, finalmente com a formação completa, após a integração do ‘capitão’ e líder Cristiano Ronaldo.
A maior referência da equipa das ‘quinas’ teve direito a umas curtas férias, após ajudar o Real Madrid a conquistar a Liga dos Campeões (3-1 ao Liverpool, na final).
Desde a concentração definitiva, que começou com somente 14 futebolistas, o grupo tem sido reforçado a conta-gotas e só agora Portugal está na máxima força, após empate 2-2 com a Tunísia, em Braga, e 0-0 com a Bélgica, em Bruxelas.
O exame final vai ser contra um conjunto que Portugal nunca defrontou e que, apesar de ter vários executantes de elevando nível internacional, não se conseguiu apurar, o reflexo da crise que vive o futebol argelino.
Pior, a Argélia, de momento orientada pelo ex-portista Rabah Madjer, vem de espiral negativa, com três derrotas consecutivas, frente ao Irão (2-1, em março) de Carlos Queiroz, concorrente de Portugal no Grupo B na Rússia, à mundialista Arábia Saudita (2-0, em maio) e a Cabo Verde (2-3), de Rui Águas, em 01 de junho.
Tal como a Tunísia, a Argélia é um opositor com um tipo de jogo que ajuda Portugal a preparar os desafios com seleções como Marrocos e Irão, igualmente na ‘poule’ de Portugal e Espanha.
Em março, na Suíça, Portugal venceu o Egito por 2-1, com dois tentos de Cristiano Ronaldo já em tempo de descontos, e perdeu 3-0 com a Holanda: entretanto, a igualdade 2-2 com a Tunísia – cinco golos sofridos em dois jogos - levou Fernando Santos a revelar preocupação com as falhas defensivas.
“Não estou nada satisfeito com o empate. Estou com a atitude, a entrega e muitas coisas que fizeram, mas o futebol não se resume à parte ofensiva. Temos de ser fortes nos dois aspetos, também no defensivo. Sempre digo, zero golos na minha baliza e um ou mais na do adversário. Fizemos dois e não conseguimos ganhar. Isso não é bom”, lamentou Fernando Santos.
Entretanto, e já com a possibilidade de utilizar os sportinguistas Rui Patrício, Bruno Fernandes e Gelson Martins, que tinham falhado o encontro de Braga, Portugal deu resposta positiva com um ‘nulo’ na Bélgica, que marcava há 16 jogos consecutivos, tendo vencido 12 e empatado quatro.
Com os processos ofensivos mais oleados e fortalecidos com a sua grande ‘estrela’, a ‘debilitada’ Argélia, 64.ª do ranking FIFA, pode constituir um bom teste e uma exibição e resultado consistentes (nos últimos cinco particulares, apenas um triunfo) podem constituir o tónico ideal para o campeão da Europa tentar igualar ou superar o seu melhor desempenho em Mundiais, fixado no terceiro lugar em 1966.
No Mundial2018, Portugal estreia-se com a Espanha, em 15 de junho, em Sochi, defronta depois Marrocos, em Moscovo, a 20, e concluiu o Grupo B com o Irão, de Carlos Queiroz, a 25, em Saransk.
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