Durante a iniciativa “O dia do guarda-redes”, que decorreu numa escola em Odivelas para cativar os mais nomes para esta posição, Paulo Bento, quando questionado sobre um possível regresso de Ricardo, admitiu que as portas não estão fechadas. O guarda-redes está sem clube, mas o passado como seleccionado é um factor positivo.
«As outras situações, quando estiverem dentro dos critérios que definimos, logo veremos. Agora, não temos o direito de descartar quem quer que seja, nem tirar a ilusão a quem quer que seja, nem de um jogador que tem um passado na selecção e que sempre teve grande vontade de a representar», referiu.
Ricardo Peres, treinador de guarda-redes da selecção AA, frisou que estar sem jogar «tem um peso enorme», mas «um guarda-redes como Ricardo nunca regride».
«Se voltar a jogar, passará a ser encarado como todos os outros guarda-redes portugueses. A selecção está bem servida de guarda-redes. Isto não quer dizer que estou a excluir ou a incluir o Ricardo», afirmou.
Já no que diz respeito a Eduardo, com uma época com altos e baixos no Génova e alvo de críticas, o seleccionador defendeu que «os jogadores não podem ser analisados individualmente, têm de ser vistos num determinado contexto».
«O Eduardo é um guarda-redes que tem um trajecto na selecção que não começou há muito tempo, mas que é extremamente positivo e que temos de analisar em termos globais e não em apenas um momento menos positivo. Agora não podemos pôr em causa a qualidade por um momento em que possa não ter o rendimento que ele deseja», afirmou.
Para Ricardo Peres, Rui Patrício «tem comprovado que é um excelente guarda-redes» e que «há que dar tempo para fazer grandes exibições, mas também para cometer os seus erros».
Sobre a convocatória para o particular com a Argentina, a 9 de Fevereiro, Paulo Bento lembrou que Portugal «não tem uma base de recrutamento assim tão grande para poder trazer assim tantas novidades».
«Queremos continuar a criar uma identidade, na forma de chegar, criar uma estabilidade na convocatória. Mas temos de continuar a respeitar os critérios desde o primeiro dia, o rendimento, a qualidade, a assiduidade. Mas também saber que, por vezes, há necessidades que nos obrigam a tomar outras opções», afirmou.
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